A felicidade existe - Racionalismo Cristão
A felicidade existe - Racionalismo Cristão
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A Força Criadora mantém o Universo constituído na base da sua ciência. As descobertas<br />
científicas que se fazem são o resultado da captação de vibrações do campo cósmico, feita por<br />
estudiosos que, com esforço, conquistaram essa faculdade receptora. A Força Criadora é Espírito<br />
Puro, na refinada acepção do vocábulo, e com ele está a vida espiritual absoluta. Pode-se concluir,<br />
deste modo, que a espiritualidade é a Vida Suprema, e os que enveredam pelo seu caminho hão de<br />
ser os que mais cedo alcançarão aquela plenitude.<br />
Ninguém se deixará de encontrar, mais dia menos dia, mais século menos século, nesse<br />
caminho, porque a evolução é obrigatória, mesmo quando não seja espontânea. Uma vez que<br />
evoluir é melhorar, progredir, enriquecer espiritualmente, deve o indivíduo tomar o mais depressa<br />
possível o caminho da espiritualidade.<br />
Este mundo, com os seus encantos naturais, poderia ser uma espécie de paraíso, se a<br />
humanidade se tivesse espiritualizado. As forças armadas, que consomem tão grande parte dos<br />
recursos de uma nação, são mantidas por falta de espiritualidade, e todos aqueles valores humanos<br />
que se acham nas suas fileiras, mobilizados para atacar e defender em lides belicosas,<br />
preventivamente ou não, são subtraídos da vida civil, onde prestariam incalculáveis serviços no<br />
magistério, na administração, no desenvolvimento agrícola, industrial, científico e espiritual.<br />
O fato de conceber-se a guerra como uma solução humana para dirimir divergências<br />
representa um atestado vivo de mentalidade materialista e primária. Nenhum indivíduo, possuído da<br />
convicção de que a marcha da vida deve ser processada pelo caminho da espiritualidade, admite,<br />
por um só instante, o massacre, a luta fratricida e a devastação dos lares como práticas animalescas<br />
de atingir uma finalidade.<br />
A necessidade de manter forças armadas para exterminar o ser humano, destruir, arrasar,<br />
esfacelar a sociedade, levando o povo à miséria e à desgraça, só é concebível pelo reconhecimento<br />
do estado sumamente precário das coletividades, de onde saem os responsáveis por tais<br />
calamidades.<br />
Se o cristianismo fosse adotado na sua forma verdadeira, as nações se uniriam num só bloco,<br />
para proclamar a desumanidade das guerras e a sua condenação pelos princípios humanos e<br />
espirituais. As nações que permanecessem armadas deveriam ser consideradas mal intencionadas e<br />
agressoras em potencial, sujeitas a sanções e submetidas a severas restrições. A força manejada em<br />
favor de uma paz apoiada por correntes espiritualistas é invencível.<br />
Forçoso é reconhecer que as próprias nações denominadas cristãs não se sentem animadas a<br />
tomar uma tal iniciativa, por não estarem profundamente imbuídas daquele sentimento puramente<br />
cristão, dos que palmilham pelo caminho da espiritualidade.<br />
A unidade espiritual só se tornará uma força efetiva se for real a sua concepção; não o<br />
sendo, como se verifica pelos fatos revelados por um mundo belicoso, egoísta, ganancioso,<br />
caracterizado por grande falta de honestidade e de fraternidade, os resultados serão as deploráveis<br />
desunião, desconfiança e prevenção que se manifestam por toda parte.<br />
Pode-se afirmar, com segurança, que no caminho da espiritualidade encontrarão todos os<br />
meios adequados para promover a evolução espiritual, com o que desaparecerá o instinto das<br />
guerras e revoluções, porque predominará o senso elevado da comunhão espiritual. A agressividade<br />
não terá então mais sentido, porque falará no indivíduo a idéia espiritual de confraternização.<br />
Andar pelo caminho da espiritualidade é ganhar precioso tempo; é anteceder a chegada de<br />
dias bonançosos e bem-aventurados, que a todos encantarão. Vejam, os que gostam de meditar, se<br />
estão de acordo em levar a vida como aconselham os temas desta obra. Vale a pena fazer um