18.04.2013 Views

A felicidade existe - Racionalismo Cristão

A felicidade existe - Racionalismo Cristão

A felicidade existe - Racionalismo Cristão

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

uma nova ordem de idéias cristãmente racionalizadas que se apresse em tomar posição, porque cada<br />

segundo que passa em vã expectativa é tempo perdido que não volta mais.<br />

A remodelação de hábitos e costumes está a exigir uma deliberação enérgica, que cada<br />

indivíduo precisa tomar, frente ao novo quadro de convicções, com a alma enriquecida de princípios<br />

nobres e altruístas.<br />

Todos devem reconhecer, com justiça, que não anima ao <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> a menor<br />

parcela de interesse material com a elucidação das massas humanas, mas tão-somente a satisfação<br />

íntima dos seus membros de verem frutificados os seus esforços gratuitos.<br />

Ingratidão<br />

Uma das falhas humanas mais chocantes é a da ingratidão, que revela insensibilidade de<br />

alma, educação defeituosa, egoísmo pronunciado, indiferença pela solidariedade que não deveria<br />

faltar no mundo.<br />

A insensibilidade da alma, com respeito à ingratidão, revela incapacidade emotiva. A<br />

emoção e a gratidão nas almas sensíveis ficam gravadas no subconsciente, com traços indeléveis. Se<br />

a sensibilidade não for suficientemente forte, os fatos não se registram, e a alma não dá o devido<br />

valor ao bem que recebeu, esquecendo-se dele com facilidade. Pode-se reconhecer a ingratidão<br />

como um fenômeno espiritual de aspecto negativo, que deve ser combatido, não deixando de<br />

mencionar, com reconhecimento, todo o benefício alcançado.<br />

A ingratidão é também o resultado de educação defeituosa, quando, desde pequeno, não se<br />

habitua o ser a compreender o valor de uma dádiva pelo lado afetivo. É certo que o ingrato traz, de<br />

encarnações passadas, o grave defeito, e, por isso mesmo, há necessidade de atentar para a sua<br />

educação, com maior rigor. Se a educação não tivesse o valor que realmente tem, não se<br />

conseguiriam, por meio dela, os sucessos confirmados. Não se deve descurar de fazer do infante<br />

uma criatura grata, sempre que a oportunidade se oferecer, sendo necessário guardar certa vigilância<br />

para não deixar passar o momento oportuno de despertar nele o sentido da gratidão. O assunto<br />

convém ser focalizado no lar, amiudadas vezes, para que impressione e se grave. Esta prática dá<br />

resultado, ainda que o espírito seja rebelde e custe a dar guarida aos bons ensinamentos, conselhos e<br />

exemplos.<br />

O egoísmo, que é um mal extremamente pernicioso, lança os seus tentáculos nas mais<br />

variadas direções para alimentar a ingratidão. De fato, o egoísta acha que todos têm a obrigação de<br />

servi-lo, de colocar-se sempre à sua disposição, de agraciá-lo, e que merece mais do que os outros.<br />

Não raras vezes, costuma retribuir um bem recebido apenas com um “muito obrigado” formalístico,<br />

e não se lembra mais do episódio. Há ainda os que sempre acham pouco o bem que lhe fazem, e<br />

vivem em clima propício à ingratidão.<br />

Não deve a criatura viver pensando que alguém tem obrigação de fazer-lhe qualquer coisa,<br />

mesmo que essa obrigação exista. Os pais, certamente, estão obrigados a proporcionar aos filhos<br />

tudo quanto necessitam, mas os filhos têm também o dever de ser gratos aos pais pelo que recebem<br />

deles. Só os filhos egoístas não entendem isso.<br />

Filhos são almas encarnadas que se servem de dois seres adultos, os genitores, para<br />

consolidar a sua posição na Terra, muitas vezes à custa dos maiores sacrifícios destes. Logo, devem<br />

ser muito reconhecidos a seus pais pela oportunidade que lhes deram de possuir corpos físicos<br />

indispensáveis à sua evolução, e, por isso, grandemente disputados no plano astral.<br />

Quase toda criança é egoísta, por não se saber controlar; o defeito aparece, espontâneo, sem<br />

nenhum disfarce. É ali, nesse egoísmo, que o sentimento da ingratidão pode encontrar meio fértil

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!