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A felicidade existe - Racionalismo Cristão

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Ninguém diga que procedendo mal, agindo com incorreção, deslealdade e desonestidade não<br />

sabe que está errado; o indivíduo erra, conscientemente, na maioria dos casos, para beneficiar-se e<br />

dar satisfação a interesses subalternos e inferiores, que falam alto no seu interior.<br />

A Força Criadora possui Consciência Absoluta e suas partículas componentes, como<br />

espíritos encarnados ou não, expressam-se pela consciência, como derivativo moral das condições<br />

espirituais. Viver, pois, de acordo com a aviventada consciência, é ajustar-se às leis que regem o<br />

Universo, as quais, quando unanimemente respeitadas, induzem ao equilíbrio em todas as funções.<br />

Muitas vezes, por um dever de consciência, tem o indivíduo de agir contra os próprios<br />

interesses, mas nem por isso deve vacilar em dar o seu pronunciamento honrado, à custa de<br />

qualquer sacrifício. Desta vida terrena, o que se leva para o acervo espiritual são somente os feitos<br />

dignos e nobres que tenham servido de exemplos a outros para a manutenção da estrutura ideal dos<br />

hábitos e costumes e a efetivação de todos os princípios moralizadores.<br />

Normalmente, o indivíduo que trabalha não o fará porque o chefe está exigindo; os alunos<br />

que estudam não o farão pelo temor de castigo; num como no outro caso o que deve imperar, acima<br />

de tudo, é a voz da consciência. O trabalhador e o aluno não precisam ser vigiados para que<br />

cumpram os seus deveres; cada qual tem de dar satisfação à sua consciência e, por isso, deve<br />

trabalhar e estudar conscientemente. Este o panorama correto da questão: todos precisam ter<br />

consciência das suas obrigações, e deverão executá-las tão bem como melhor puderem,<br />

independentemente das exigências de terceiros. Desse modo, se apura o senso da responsabilidade,<br />

que anda tão escasso no mundo.<br />

No caminho da espiritualidade é a voz da consciência que deve ecoar, em todos os<br />

momentos, pois, se o desejo é o de acertar, não <strong>existe</strong> meio mais indicado do que atender ao sentido<br />

justo das coisas, com a interpretação pautada pelo bom-senso, pelo equilíbrio, pela razão.<br />

A voz da consciência reflete sempre uma orientação superior, quando ela é realmente da<br />

consciência. Muito cuidado com as intuições do astral inferior. Analise-se, antes, a pureza das<br />

intenções, pois as forças inferiores, como todos sabem, não transpiram pureza. Não se queira<br />

atribuir à consciência resoluções despidas de grandeza moral.<br />

A consciência não se educa, por ser a educação nela inata. A consciência revela-se através<br />

da alma, de forma cada vez mais apurada, na medida da evolução já alcançada. Esse apuramento<br />

decorre do fato de tornar-se a criatura, pelo processo evolutivo, com maior entendimento, mais<br />

capaz, mais esclarecida, mais consciente. A consciência dos fatos se dilata na proporção do<br />

aumento da capacidade individual e de conformidade com a modulação vibratória que se<br />

desenvolve, até sintonizar com a Consciência Absoluta.<br />

Assim, a expansão do estado de consciência subordina-se ao progresso espiritual. Eis por<br />

que só no caminho da espiritualidade encontram os seres os meios eficazes para atingir os mais<br />

altos graus de consciência. A espiritualidade é sempre a base, o ponto de partida para toda e<br />

qualquer iniciativa que tenha por objetivo alcançar os páramos superiores de evolução.<br />

Dá-se, deste modo, no <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>, o maior relevo ao acatamento que se deva<br />

conferir à voz pura da consciência. O que se precisa educar, para ouvi-la e compreendê-la, são o<br />

raciocínio e a lógica. Somente no trato diário com as questões espiritualistas se chega a sentir o<br />

efeito harmonioso das deliberações que marcam diretrizes sob a influência estimulante da voz da<br />

consciência.<br />

Esperemos que a humanidade possa, o quanto antes, dar mais valor aos ditames da<br />

consciência. A falta de lealdade de uns para com os outros tem sido a causa principal de se não<br />

consultarem os nobres preceitos da consciência. Em geral, não se cogita fazer o que melhor fala à

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