A felicidade existe - Racionalismo Cristão
A felicidade existe - Racionalismo Cristão
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Introdução<br />
A evolução normal da humanidade está na dependência de poder-se ela firmar em princípios<br />
espiritualistas para, por meio deles, resolver os seus problemas fundamentais. A crise maior que se<br />
observa é de falta de caráter, de moral, de honorabilidade, e onde predominarem essas<br />
características o coeficiente espiritual é nulo em grande número de indivíduos. Pessoas de<br />
responsabilidade estão mancomunadas com aproveitadores e desonestos, que põem em prática as<br />
manobras mais condenáveis para fins ilícitos, corruptos, com os quais visam um único objetivo: o<br />
aumento da riqueza material, o mais depressa possível.<br />
Religiões dominantes acolhem toda classe de locupletadores, que contribuem<br />
monetariamente para elas, através do pagamento de atos litúrgicos encomendados. O essencial é<br />
que o dinheiro corra para os seus cofres, pouco importando de onde venha, como foi ganho, se<br />
procede das mãos de ladrões ou das de gente limpa. Essa complacência criminosa equivale, quase, a<br />
uma conivência. Sem a repulsa da Igreja, que casa, batiza e encomenda os traficantes e flibusteiros,<br />
porque pagam bem o serviço, nada se pode esperar da religião, no sentido de conter a imoralidade.<br />
Vê-se assim o <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> na contingência de apresentar o cenário real da vida<br />
terrena para, ao focalizar a gravidade dos erros que conscientemente se cometem, chamar a atenção<br />
para os resultados desses erros e alertar a humanidade para os riscos que corre, os débitos que<br />
adquire, o triste futuro que arquiteta, enquanto não mudar de rumo.<br />
É indispensável que o indivíduo ajuste a sua linha de conduta às normas espiritualistas, para<br />
não perder encarnações preciosas, invalidando esforços mal orientados e traindo propósitos<br />
firmados no plano astral antes de encarnar.<br />
Em grande erro incide a criatura que ao integrar-se no mundo físico pensa ser esta a<br />
verdadeira vida, e que precisa apoderar-se de todas as vantagens materiais que a Terra lhe possa<br />
oferecer, sem considerar os prejuízos que venha a causar ao seu semelhante, ficando imbuída da<br />
falsa idéia de que o mundo pertence aos ladinos, aos espertos, aos aventureiros, aos que melhor<br />
souberem ludibriar, enganar e iludir.<br />
Contra essa concepção irreal e ilógica se contrapõe a doutrina racionalista cristã, ao<br />
demonstrar, com argumentos, com base, com segurança, a verdade dos fatos, abrindo novos<br />
horizontes aos olhos daqueles que sinceramente desejarem alcançar uma vida de maior <strong>felicidade</strong> e<br />
paz, no curso desta e de outras existências.<br />
Todo esclarecimento prestado nas obras racionalistas cristãs visa, expressamente, oferecer<br />
meios capazes de promover a evolução de cada criatura, para com isso melhorar as condições de<br />
vida na Terra e preparar um futuro mais rico em bens materiais, morais e, sobretudo, espirituais.<br />
O indivíduo que se atira cegamente à conquista dos bens terrenos dá a impressão de um<br />
náufrago em desespero de causa, ao agarrar-se, angustiado, a qualquer objeto que encontre, na<br />
esperança de salvar-se.<br />
Toda ânsia de enriquecimento que se observa, sem lastro espiritual, transforma-se numa<br />
força negativa, que cada vez mais atrai o sequioso para o pântano da desonestidade. Na busca da<br />
riqueza, que se torna por vezes um fanatismo, uma obsessão, uma vez conquistada, perde-se o<br />
próprio ser no luxo, na ociosidade, na extravagância, na ostentação, no sensualismo.<br />
Para não enveredar por essas sinuosidades enganosas, só há um meio, uma medida<br />
salvadora: é procurar o indivíduo esclarecer-se, conhecer a verdade sobre as leis eternas, pôr em<br />
prática, diariamente, os conhecimentos espiritualistas recebidos. O objetivo desta obra, com os