PARA ALÉM DO QUE OS OLHOS VEEM - Senador Paulo Paim
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Ouvindo os empregadores<br />
Há alguns dias, a CDH havia feito uma audiência pública falando sobre a redução da jornada de trabalho. Os<br />
representantes dos trabalhadores haviam sido ouvidos e era justo que ouvíssemos, também, a opinião do setor<br />
empresarial sobre o assunto. Assim sendo, no dia 29 de agosto de 2011 lá fomos nós, outra vez, abrir<br />
espaço para as ponderações.<br />
Os representantes dos empregadores reiteraram que são contra uma redução que seja fixada em lei. Eles acreditam<br />
nas negociações e nos acordos coletivos. Quanto à relação direta entre redução de jornada e aumento da oferta<br />
de emprego, eles não acreditam que isso traria resultados positivos, pois, conforme a Confederação Nacional das Instituições<br />
Financeiras (CNF), essa percepção está errada e revela um "raciocínio matemático simplista". Segundo eles,<br />
haverá aumento dos custos, fator que também foi apontado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).<br />
A automação também foi trazida à baila pelos representantes dos empregadores, uma vez que ela é muito utilizada<br />
pelo setor bancário. Segundo eles os cálculos "simplistas" que preveem o aumento da demanda por trabalhadores,<br />
mediante a redução da jornada, desconsideram possibilidades como a automação e até a realocação dos investimentos<br />
para países onde o custo da hora trabalhada seja menor. Por esta razão, acreditam que a negociação coletiva seria a<br />
forma mais adequada de empregados e empregadores discutirem tais questões, conforme as características de cada<br />
indústria ou setor.<br />
Os representantes dos empregadores também ressaltaram que a redução legal da jornada pode prejudicar as micro<br />
e pequenas empresas, que muitas vezes trabalham com poucos funcionários (às vezes com apenas um funcionário).<br />
102 – Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa<br />
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