PARA ALÉM DO QUE OS OLHOS VEEM - Senador Paulo Paim

Muitas empresas resistem em implementar um plano de assistência integrado para não ter de subsidiar a mensalidade
de empregados, já desligados via demissão ou aposentadoria, pois a manutenção de ex-empregados e aposentados
gera um passivo para a empresa.
Na audiência falou-se sobre o “Pool de risco”, que nortearia os reajustes sobre os contratos dos aposentados,
que pagam mais em função do aumento da idade e da maior vulnerabilidade a problemas de saúde. Assim, todos os
beneficiários de uma determinada empresa de seguro saúde nestas condições seriam atendidos.
O movimento sindical fez diversas ponderações sobre: falta de clareza na proposta; necessidade de mais diálogo
entre as operadoras, as centrais e o governo; condições financeiras dos trabalhadores demitidos para continuar a
contribuir com o plano; necessidade de encontrar uma proposta que permita a sustentabilidade dos planos, mas sem
que sejam desrespeitados os direitos do cidadão; composição tripartite no Conselho de Saúde Suplementar (Consu),
incluindo representantes dos segmentos sociais interessados.
O consenso não foi alcançado e, assim, propus a realização de uma reunião de trabalho com representantes do
governo, dos planos de saúde, dos trabalhadores e aposentados para sairmos do impasse.
Ao final do debate, mais dois requerimentos foram votados: um deles solicitando discussão sobre recentes mudanças
no Sistema Integrado de Saúde (SIS), que atende aos servidores do Senado Federal e outro, aprovado em conjunto
com a Senadora Lídice da Mata, para discutir medidas de apoio à mulher, às pessoas com deficiência, aos aposentados
e a outros segmentos sociais discriminados no Orçamento para 2012 e no Plano Plurianual (PPA) 2012–2015.
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