PARA ALÉM DO QUE OS OLHOS VEEM - Senador Paulo Paim

Enfrentando ameaças
Ninguém gosta de sentir medo. A sensação de sufocamento e desespero faz aquele suor frio percorrer a espinha,
paralisa o corpo e o coração dispara querendo saltar do peito.
A criminalidade assusta cada vez mais. Muita gente deposita sua confiança no sistema judiciário para reparar
males e dores que são, às vezes, impossíveis de cicatrizar.
Por exemplo, uma pessoa é assaltada, gravemente ferida e os pais sofrem vendo a recuperação lenta e sofrida
daquele filho. Isso quando eles não têm que enterrar seu corpo, pois não suportou os ferimentos.
O criminoso é pego e vai a julgamento.
O que esses pais devem esperar de um procurador, de um juiz? É claro que eles esperam que seja feita justiça e
que o criminoso pague pelo seu gesto.
Pois bem, mas e quando procuradores e juízes são ameaçados pelos bandidos? Quando suas famílias são ameaçadas
e correm risco de morte?
É claro que eles também sentem medo. Deve ser terrível! Durante audiência pública na CDH, em 28 de abril
de 2011, procuradores e juízes demonstraram sua preocupação quanto ao poder do crime organizado e pediram
investimentos para combatê-lo.
Eles advertiram que a falta de investimento no combate ao crime organizado pode colocar o Brasil no eixo de
ações de grupos terroristas durante a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
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