PARA ALÉM DO QUE OS OLHOS VEEM - Senador Paulo Paim
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64 – Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa<br />
A cor da pele definindo salários<br />
Ao entrar em uma agência bancária você poderá ser atendido prontamente, de forma gentil e prestativa, por<br />
um funcionário(a) negro(a) ou branco(a). Na verdade o modo como você será atendido dependerá de fatores como<br />
profissionalismo, personalidade, humor do(a) atendente, e não propriamente da cor da pele.<br />
Então porque um mapa de diversidade no setor bancário demonstra que ainda há discriminação racial no setor?<br />
É, é isso mesmo. O Mapa da Diversidade do Setor Bancário, elaborado em parceria pela Federação Brasileira dos<br />
Bancos (Febraban), pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, pela Organização Internacional<br />
do Trabalho (OIT), pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e por outras entidades,<br />
demonstrou que os funcionários negros recebem cerca de 64,2% do salário dos brancos e apenas 20,6% dos<br />
contratados conseguem ser promovidos.<br />
Essa discussão foi conduzida na CDH, no dia 30 de maio de 2011, em uma audiência pública.<br />
O debate foi focado nesse mapa, cujo objetivo é promover a igualdade de oportunidades para todos os brasileiros,<br />
independente da cor, sexo, idade, tendo ou não qualquer tipo de deficiência.<br />
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro ratificou que os negros bancários recebem salários menores do que<br />
os colegas brancos, e que "a cor da pele é um impeditivo de ascensão na empresa". Segundo o sindicato, a partir<br />
de 1996 os movimentos organizados iniciaram uma série de negociações com a Febraban, com o objetivo de<br />
acabar com todo tipo de discriminação nos bancos, não somente contra negros, mas também contra mulheres<br />
e deficientes e também para criar mais oportunidades para os negros no setor financeiro.<br />
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