PARA ALÉM DO QUE OS OLHOS VEEM - Senador Paulo Paim
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80 – Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa<br />
Que trabalho é esse?<br />
É terrível pensar em um sistema de trabalho em que a violência, muitas vezes, é uma prática comum, em que as<br />
péssimas condições dos alojamentos oferecidos e a retenção das carteiras de trabalho são irregularidades facilmente<br />
encontradas.<br />
Vamos tentar imaginar a cena: quartos superlotados, escuros, SEM ARMÁrios ou lençóis e tudo em péssimas<br />
condições de higiene. Banheiros sujos, cozinhas improvisadas a céu aberto, comida preparada no chão, em latas que<br />
substituem panelas, e marmitas em que, muitas vezes, são encontradas moscas, larvas e até rãs.<br />
Sabem que nome leva esse sistema de trabalho? Escravo. Nesse sistema a liberdade dos trabalhadores é cerceada.<br />
Os locais de trabalho são de difícil acesso e com a presença de guardas armados. Os documentos dos trabalhadores<br />
são retidos. Um quadro de absoluto desrespeito à dignidade de uma pessoa.<br />
Tudo isso levou a CDH a fazer uma audiência pública no dia 7 de julho de 2011.<br />
Na ocasião o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, lançado em 2005, foi alvo de críticas. Segundo<br />
alguns, a atuação do Pacto pela Erradicação do Trabalho – comandado pelo Instituto Ethos e pela Organização<br />
Internacional do Trabalho (OIT) e que, há seis anos, tenta sensibilizar grandes empresas a romper com eventuais fornecedores<br />
incluídos na "lista suja" por essa prática, não vai levar ao desmonte da fiscalização <strong>DO</strong>S AUDItores públicos.<br />
As opiniões foram diversas. A Comissão Pastoral da Terra discordou que entidades não governamentais concedam<br />
alguma certificação ou organizem uma "lista limpa" de empresas que não compactuariam com o trabalho escravo.<br />
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