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PARA ALÉM DO QUE OS OLHOS VEEM - Senador Paulo Paim

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Em virtude desse contexto violento que se estende pelo mundo, a CDH decidiu colocar a questão em pauta.<br />

Sendo assim, na segunda-feira, 23 de março de 2011, uma audiência pública tomou vez.<br />

O debate foi conduzido com base nos dados do Mapa da Violência 2011, levantamento produzido pelo Instituto<br />

Sangari, em parceria com o Ministério da Justiça. Os números da edição foram referentes a 2008, quando o<br />

Brasil – o sexto mais violento do mundo – registrou mais de 50 mil assassinatos ou 26,4 assassinatos por 100 mil<br />

habitantes. São mais de 120 mortes por dia, sem considerar as outras causas violentas de mortalidade, como os<br />

acidentes de trânsito. Em 20 anos, mais de um milhão de pessoas foram vítimas de homicídios, em grande parte,<br />

jovens.<br />

Paralelamente temos a impunidade. O Ministério da Justiça informou que somente 4% a 5% dos homicídios<br />

têm seu autor preso após o inquérito policial e o processo na justiça. E há ainda a sobrecarga da polícia. Enquanto<br />

na Inglaterra – um dos países com mais baixos índices de homicídios – cada equipe de investigação cuida de 14<br />

processos por ano, no Brasil a média é de 140 homicídios por equipe.<br />

As sugestões levantadas para vencer essa chaga foram um pacto nacional para combater a violência, por meio<br />

da mobilização de governos estaduais e municipais; a criação de um sistema de dados que possa facilitar a medição<br />

da eficácia de iniciativas governamentais como o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci),<br />

lançado em 2007, e orientar ações futuras.<br />

A violência “intersubjetiva”, assim chamada pelos especialistas em segurança pública, também foi abordada.<br />

Ela foi considerada a mais dramática. São em geral conflitos entre cônjuges, parentes, amigos, vizinhos e colegas<br />

de trabalho e são responsáveis por grande parte dos 50 mil homicídios que acontecem anualmente no Brasil. O<br />

diálogo, na resolução de conflitos, foi substituído pela violência física.<br />

Por fim, o papel individual e coletivo na produção da violência foi colocado para reflexão.<br />

Eu sempre acreditei que fazemos parte de um grande todo e que a violência que acomete a um de nós deveria<br />

inquietar o outro a fim de que todos juntos somássemos forças para vencê-la.<br />

Vol. I – Para além do que os olhos veem 57<br />

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