PARA ALÉM DO QUE OS OLHOS VEEM - Senador Paulo Paim

Um Congresso mais paritário
A caminhada das mulheres ao longo dos tempos é invejável!
A sociedade patriarcal brasileira sempre delegou poderes extremos ao homem, exigindo das mulheres a dedica-
ção ao lar e aos afazeres domésticos. Mesmo após a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808, quando as mulheres
puderam então circular pelas ruas, comparecer a saraus, teatros e ópera, os padrões da época não foram abalados.
As mudanças foram sendo construídas com muita luta. O espaço foi conquistado lentamente.
As mulheres tornaram-se guerreiras quilombolas, chefes de família, administradoras de empresas, ministras, pre-
sidentas. Passaram a criar programas para computador, a pesquisar e encontrar a cura de doenças. Engajaram-se na
Marinha, na Aeronáutica, no Exército e na segurança pública. Firmaram-se como grandes chefes de cozinha, motoris-
tas de ônibus, caminhoneiras, exímias trabalhadoras do campo, empregadas domésticas disputadíssimas.
Na audiência pública realizada pela CDH em 28 de setembro de 2011, as mulheres defenderam um sistema
de cotas no Congresso para que seja aumentada a representação feminina.
A Ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, defendeu a obrigatoriedade de uma cota
mínima de cadeiras (vagas) para as mulheres, em vez de apenas cotas nas chapas que concorrem ao Parlamento. Ela
também pontuou o fato de que as mulheres são a maioria da população e do eleitorado no Brasil, mas que não há
democracia real quando a maioria está sub-representada. A Senadora Ana Rita também manifestou-se lembrando que
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