PARA ALÉM DO QUE OS OLHOS VEEM - Senador Paulo Paim

Contando uns com os outros
O reconhecimento pelo trabalho feito é como uma mola que nos impulsiona a querer fazer sempre o melhor que
pudermos do dom que recebemos.
Todo trabalhador merece um salário digno, merece ter seus direitos trabalhistas respeitados, merece ter condi-
ções adequadas de trabalho, merece ter qualidade de vida.
No entanto, nem sempre é assim. Existem inúmeros Josés, Pedros, Antonios, Marias, Rutes,... que acordam
muito, mas muito cedo. Recebem um pão com manteiga e um pingado (quando recebem) e vão trabalhar nas minas,
nos canaviais, nas mais diversas plantações.
As condições de trabalho são as piores possíveis, são inimagináveis. O trabalho é árduo e só cessa muito tarde.
Isso tem nome: trabalho escravo. Parece mentira, mas infelizmente não é!!!
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que o número de pessoas submetidas a esse tipo de tra-
balho no Brasil pode chegar a 100 mil. A maioria dos casos é registrada na zona rural, na criação de gado, no des-
matamento, na lavoura da cana-de-açúcar e na produção de carvão para siderúrgicas. Mas também há registros de
trabalhos forçados na indústria têxtil, em plena cidade de São Paulo.
O Brasil tem feito esforços para vencer essa chaga. A Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Traba-
lho e Emprego é responsável pela organização dos Grupos Especiais de Fiscalização Móvel, que, em suas diligências,
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