PARA ALÉM DO QUE OS OLHOS VEEM - Senador Paulo Paim

56 – Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa
Cultura de paz
Violência... uma palavra que assusta a todos, talvez, até, aos mais violentos, pois ninguém gosta de se perceber
refém de outra pessoa.
No trânsito, por exemplo, nos tornamos reféns de alguém que nos fecha bruscamente, pois não sabemos mais
do que o outro seria capaz se o interpelássemos.
A violência atinge também os idosos, que muitas vezes, são reféns em suas próprias casas. São vítimas de seus
parentes.
E o que dizer da violência, física, moral, psicológica à qual as mulheres são submetidas? Reféns de estupradores,
reféns de seus próprios maridos.
E quanto às escolas? Não são praticamente diárias as notícias que dão conta dos espancamentos, dos bofetões,
das facadas desferidas entre alunos ou contra os educadores?
Também existe outro tipo muito peculiar de violência que diz respeito à discriminação. Muitos dizem que
não. Acreditam que discriminar não é um ato violento. Será que não??? Desrespeitar as escolhas de alguém que
não está fazendo mal a outrem com essas escolhas não é uma forma de desrespeito, de intimidação? Será que muitas
vezes, em nosso desrespeito às escolhas de alguém, não o ridicularizamos, menosprezamos, difamamos? E isso
não é um ato de violência contra o ser humano? Os especialistas afirmam que a discriminação é uma forma social
de violência.
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