PARA ALÉM DO QUE OS OLHOS VEEM - Senador Paulo Paim
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Nosso quilombo... nossa terra!<br />
Outra marcha na Praça dos Três Poderes... desta vez é o povo quilombola que veio pedir a regularização de suas<br />
terras.<br />
No período da escravidão no Brasil os quilombos foram um porto seguro, um refúgio para escravos que conseguiam<br />
escapar das garras de seus senhores. Eram locais de difícil acesso; matas, selvas ou morros onde os escravos<br />
ficavam resguardados do sofrimento diário. O quilombo permitia ao escravo o direito de saborear o gosto da liberdade!<br />
No mesmo dia (7 de novembro de 2011) em que foi lançada a Campanha em Defesa dos Direitos do Povo<br />
Quilombola, o Senado promoveu uma audiência pública, na CDH, sobre o tema. O foco do debate foi a regularização<br />
das terras quilombolas que, segundo os representantes dessas comunidades, enfrenta uma série de resistências em<br />
que, algumas vezes, acontecem até, assassinatos.<br />
A Ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), pontuou que a<br />
questão fundiária "é a mais difícil de todas para os quilombolas". Isso não é resultado apenas do fato de ser uma reivindicação<br />
do povo negro, mas sim por ser uma declaração de propriedade coletiva de um pedaço do território brasileiro.<br />
Segundo ela, o trabalho é contra paradigmas e contra a legislação.<br />
A Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura e responsável pela certificação das terras,<br />
disse haver cerca de 3,5 mil comunidades quilombolas identificadas no País, mas apenas um pouco mais de 1,7 mil<br />
certificadas.<br />
Vol. I – Para além do que os olhos veem 143<br />
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