PARA ALÉM DO QUE OS OLHOS VEEM - Senador Paulo Paim
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94 – Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa<br />
Mulheres em busca de seus direitos<br />
No dia 17 de agosto de 2011, Brasília foi enfeitada, mais uma vez, por um jardim de aroma suave, um jardim<br />
de flores cujo miolo reflete a cor do sol. As pétalas brancas que o envolvem parecem dançar para ele, embalando-o,<br />
protegendo-o. É um lindo jardim de margaridas em um movimento de grande beleza. Na verdade é mais do que isso!<br />
Estamos diante de um desfile de muita verdade e de muita inteireza. São mulheres de todo o Brasil, trabalhadoras do<br />
campo e da floresta, trabalhadoras das cidades, em marcha, lutando por um Brasil sem pobreza, sem fome, sem preconceito<br />
e sem violência contra as mulheres. Eis a grandiosa marcha, a Marcha das Margaridas!<br />
Um dia depois, 18 de agosto de 2011, a Subcomissão Permanente em Defesa da Mulher, que integra a<br />
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, trouxe ao Senado as participantes do Movimento de Mulheres<br />
para debater seus direitos sexuais e reprodutivos. A audiência foi requerida pela <strong>Senador</strong>a Lídice da Mata, vice-presidente<br />
da Comissão e presidida pela <strong>Senador</strong>a Angela Portela.<br />
Naquele debate, o movimento criticou os projetos de lei contrários aos interesses femininos. Inicialmente, a Articulação<br />
de Mulheres Brasileiras (AMB) criticou tentativas de mudanças na Lei Maria da Penha, que poderiam levar a<br />
um retrocesso em sua aplicação. A Articulação defendeu o reforço nas verbas públicas destinadas ao combate a atos<br />
de violência contra a mulher.<br />
Logo a seguir, ao serem abordados projetos que tangenciam os direitos reprodutivos, foi debatida a questão do<br />
aborto. O movimento da Marcha das Margaridas gostaria de ver a discussão sobre o aborto conduzida de outra forma<br />
pelo Congresso. O Movimento reclamou da tentativa de se usurpar das mulheres o direito de decidir sobre sua vida,<br />
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