GNOSE ALEM DA RAZÃO O FENÔMENO DA SUGESTÃO JEAN ...
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ambiente": trata-se no caso não somente do quadro material em<br />
que se desenvolve a nossa vida de todos os dias ou esta ou aquela<br />
das nossas atividades, mas também e principalmente do clima<br />
psicológico em que vivemos, clima moldado tanto pela sociedade<br />
que é a nossa, por seus valores sócio-culturais, pela educação que nos<br />
proporciona, pelos modos de pensar e pela sensibilidade da classe a que<br />
pertencemos, quanto pela ambiência psicológica, pela "atmosfera<br />
sugestiva", diz Lozanov, que formam a trama das nossas relações diárias<br />
com aqueles que nos cercam e em particular com aqueles com quem<br />
trabalhamos.<br />
Mas Lozanov acrescenta aqui um esclarecimento capital que dá à<br />
sugestologia lozanoviana seu caráter sem dúvida mais específico: "A<br />
sugestologia, escreve Lozanov, dedica sua atenção particularmente para<br />
tudo o que, nas inter-relaçoes entre o ser humano e o seu meio ambiente,<br />
permanece despercebido, insuficientemente consciente ou totalmente<br />
inconsciente"5.<br />
5. O primado do inconsciente: este é o próprio fundamento da<br />
sugestologia lozanoviana. Mas o inconsciente dê que se trata aqui<br />
é ao mesmo tempo o reflexo do ambiente e o produto da infor<br />
mação acumulada e estocada no inconsciente onde ela forma<br />
aquilo que Ouznadé chamava de atitude. Ora, a "atitude" incons<br />
ciente é suscetível, segundo Lozanov, de ser formada e controlada<br />
de maneira consciente na medida em que se conseguem ordenar<br />
sugestivamente os elementos inconscientes que concorrem para a<br />
sua formação. Trata-se de programar conscientemente o incons<br />
ciente. O que significa: conceber racionalmente o programa e<br />
"fazê-lo passar", no inconsciente, por estímulos sugestivos mas<br />
não específicos, suscitando reações também não específicas.<br />
Seria impossível exagerar 'a importância deste aspecto da suges<br />
tologia lozanoviana. Nela, o ser humano não é concebido como<br />
um computador e sim como fonte.de criatividade que não poderia<br />
ser "programado" no sentido mecanicista da palavra.<br />
6. Uma "atitude" sugestivamente formada e controlada?<br />
Tal atitude respousa essencialmente, segundo Lozanov, sobre a<br />
visão prospectiva do sugestionador daquilo que ele chama de.<br />
"ativação das reservas" do cérebro humano no sugestionado: a ativação —<br />
não específica — de pelo menos uma parte desses 96% dos catorze bilhões<br />
de células do cérebro do ser humano presentemente inativas, a crer-se no<br />
grande neurofisiologista soviético Banschikov.<br />
Juntando-se aqui aos pontos de vista dos americanos Rosenthal e Jacobson,<br />
sobre o papel capital das "expectativas" dos professores em relação aos<br />
alunos no "efeito Pigmalião", Lozanov estima que uma atitude orientada<br />
no sentido da ativação das reservas, atitude consciente, ao menos em parte,