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GNOSE ALEM DA RAZÃO O FENÔMENO DA SUGESTÃO JEAN ...

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penetra no inconsciente favorecida pela distração da atenção sobre outro<br />

objeto, mas sem que, de maneira alguma, tenha havido qualquer<br />

transferência, no sentido que Baudouin dá a esta palavra.<br />

2. Lei da emoção auxiliar. Quando, por uma ou outra razão,<br />

a idéia é envolvida por uma forte emoção, a realização sugestiva<br />

dessa idéia tem mais oportunidades de sucesso.<br />

Esta lei parece-nos ter um alcance muito mais geral que a precedente.<br />

Entretanto, o enunciado de Baudouin inspira-nos uma reserva. A lei da<br />

emoção auxiliar, na realidade, falha com muita freqüência quando se trata<br />

de sugestões inconscientes, por exemplo de sugestões por distração. Como<br />

no caso precedente,<br />

Baudouin volta-se com muita exclusividade para as sugestões conscientes,<br />

mesmo quando se trata, como ocorre com as sugestões espontâneas, de<br />

sugestões insuficientemente conscientes.<br />

3. Lei do esforço convertido. Quando uma idéia se impõe<br />

ao espírito a ponto de desencadear uma sugestão, todos os<br />

esforços conscientes que o indivíduo faz para lutar contra esta<br />

sugestão não somente não dão resultado como vão em sen<br />

tido contrário do objetivo (dos esforços); eles ativam a suges<br />

tão.<br />

Os esforços, no caso, "convertem-se" no sentido da idéia. Quanto mais<br />

lutamos, mais nos afundamos. Isto porque, corno nota Baudouin, na<br />

realidade, a idéia de impotência, a sugestão de impotência, domina o<br />

espírito e, apesar dele, o esforço irá sempre no sentido de uma idéia tão<br />

dominadora. O simples fato de contemplar esta idéia obcecante, de nela<br />

fixar o espírito, ainda que seja para combatê-la, lhe dá consistência,<br />

alimenta-a, e não cessa de consolidar a sugestão negativa que ela exerce<br />

sobre nós. O esforço voluntário, como bem observou Maine de Biran,<br />

supõe a noção de uma resistência a vencer. No momento em que nos<br />

decidimos a combater a idéia, o sentimento ou a impulsão negativos<br />

existentes em nós, sem o saber estamos afirmando sugestivamente a<br />

existência deles e seu poder sobre nós. E neste combate entre duas<br />

sugestões de sentido contrário, é a primeira que apareceu, a mais forte, a<br />

inconsciente, ou pelo menos a espontânea, nutrida de emoções e de<br />

imaginações que a ela se unem, que finalmente sempre vence a sugestão<br />

fundada sobre a vontade.<br />

4. Lei da finalidade subconsciente. A sugestão age por finali<br />

dade subconsciente. Proposto o objetivo, o subconsciente en<br />

contra os meios de realizá-lo.<br />

Basta-nos pensar no objetivo, somente no objetivo, e o subconsciente<br />

encontrará, sem que saibamos, os meios de chegar a ele. O adágio corrente,

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