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Acessar Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Ciências ...

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fundamentos po<strong>de</strong>m ser encontrados <strong>em</strong> relação a situações que ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> Santo<br />

Antonio, on<strong>de</strong> os diferentes tipos <strong>de</strong> associativismos se encontram <strong>de</strong> alguma forma<br />

articulado com certos princípios básicos do cooperativo. Assim, instituições procuram<br />

resguardar e propagar valores <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>; ajuda mútua e; impl<strong>em</strong>entam ações <strong>de</strong><br />

trabalhos <strong>em</strong> comum e colaboração e com fins políticos, sociais, econômicos e culturais.<br />

Pois, Menezes, ainda adverte que os “valores cooperativos também se inscrev<strong>em</strong> <strong>em</strong> outros<br />

códigos <strong>de</strong> convivência social e valorização das pessoas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os mais r<strong>em</strong>otos t<strong>em</strong>pos,<br />

inclusive <strong>em</strong> códigos e religiões” (MENEZES, 2005, p.52).<br />

Mas, sobretudo, interessa enquanto ilustrativas das relações associativas e nesse<br />

caso para Gomes (2006) “a relação associativa é aquela que se dá”,<br />

quando (...) a atitu<strong>de</strong> na ação social repousa num ajuste ou numa<br />

união <strong>de</strong> interesses racionalmente motivados, seja com referência a fins<br />

ou valores, sendo ela, expressa num acordo racional, por motivação<br />

recíproca (GOMES, 2006, p. 41).<br />

Para Gomes conforme o estudo do pensamento <strong>de</strong> Weber, “os tipos (...) <strong>de</strong> relação<br />

associativa são: troca, união livr<strong>em</strong>ente pautada, ambos motivados pela relação racional<br />

referentes a fins e a união <strong>de</strong> correligionários, racionalmente motivadas por valores”, <strong>de</strong> tal<br />

forma que<br />

toda relação (ação dos indivíduos) <strong>em</strong> reciprocida<strong>de</strong>, mesmo<br />

dirigindo-se a objetivos especificamente racionais (típica <strong>de</strong> relações<br />

societais), po<strong>de</strong>m <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminadas situações dar lugar a valores afetivos<br />

e subjetivos (típicos <strong>de</strong> relações comunitárias) que ‘transcen<strong>de</strong>m’ as<br />

metas <strong>de</strong>sejáveis no ato <strong>de</strong> associar, da mesma forma, como o contrario<br />

também po<strong>de</strong> ser verda<strong>de</strong> (GOMES, 2006, p. 41).<br />

Por assim dizer, Gomes afirma que “Weber refere-se a afetos, como um el<strong>em</strong>ento<br />

substancial da atitu<strong>de</strong> comunitária”. E <strong>de</strong>sse modo, a vida comunitária “po<strong>de</strong> ter vários<br />

significados, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da forma como se estabelece as relações sociais” (GOMES,<br />

2006, p. 41).<br />

Portanto, a etnografia das associações aqui mencionadas é motivada pela busca <strong>de</strong><br />

enten<strong>de</strong>r principalmente as diferentes formas associativas e suas interações e seus<br />

referenciais <strong>de</strong> inspiração e <strong>de</strong> fundamentação e os significados, representações e práticas<br />

instituídas pelos agentes sociais. Desse modo, passo aos tópicos a seguir focalizar alguns<br />

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