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Acessar Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Ciências ...

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a satisfação das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reprodução social, não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> construir um certo<br />

sentimento i<strong>de</strong>ntitário, compartilhado por seus indivíduos” (CHAVES, 2005, p. 89).<br />

E ao <strong>de</strong>bater sobre a “comunida<strong>de</strong> e associativismo” afirma a “palavra<br />

comunida<strong>de</strong>” obriga diversos sentidos e assim, “po<strong>de</strong>, as vezes, abrigar a idéia <strong>de</strong><br />

associtivismo, entendido como união <strong>de</strong> pessoas utilizada como meio para se atingir<br />

<strong>de</strong>terminado fim”, mas, feito as distinções a partir das formulações <strong>de</strong> Tönnies e Bauman,<br />

diz que entre estes sentidos “po<strong>de</strong> se apresentar, inclusive como uma relação <strong>de</strong><br />

compl<strong>em</strong>entarieda<strong>de</strong>” (CHAVES, 2005, p. 81).<br />

Já Gomes (2006) trata <strong>de</strong> “Comunida<strong>de</strong> e etnicida<strong>de</strong>” e cita Max Weber para<br />

explicita o que ele refere como relação comunitária<br />

chamamos <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong> a uma relação social na medida <strong>em</strong><br />

que a orientação da ação social, na medida ou no tipo i<strong>de</strong>al baseia-se<br />

[n]um sentido <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>: resultado <strong>de</strong> ligações <strong>em</strong>ocionais ou<br />

tradicionais dos participantes’ (WEBER, 1987, p.77).<br />

De acordo com a explanação <strong>de</strong> Gomes (2006) “o conceito <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>” <strong>de</strong><br />

Weber diferent<strong>em</strong>ente <strong>de</strong> outros pensadores como Durkheim, “toma um aspecto mais<br />

amplo” e com “situações bastante heterogêneas” e <strong>de</strong>sse modo “dá ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> certas<br />

relações sociais entre <strong>de</strong>terminadas pessoas que t<strong>em</strong> um cunho especificamente<br />

associativo, mas que não se limitam a isto” e com isso “mostra <strong>em</strong> grau muito diverso,<br />

po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar as relações comunitárias” (GOMES, 2006, p. 40).<br />

Gomes adverte que “somente quando se manifesta o sentido <strong>de</strong> pertencer ao mesmo<br />

grupo, quando as pessoas passam a orientar suas ações pelas as dos outros, é que t<strong>em</strong>os<br />

uma causa comum”, mas, “n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre que <strong>de</strong>terminadas pessoas tenham <strong>em</strong> comum<br />

certas qualida<strong>de</strong>s ou comportamentos, ou mesmo, se encontr<strong>em</strong> <strong>em</strong> similar situação, po<strong>de</strong><br />

implicar <strong>em</strong> relação comunitária” (GOMES, 2006, p. 40).<br />

Henri Mendras (1978 ), aponta que as “socieda<strong>de</strong>s camponesas, como a maioria das<br />

socieda<strong>de</strong>s agrárias, são organizadas <strong>em</strong> coletivida<strong>de</strong>s, relativamente pequenas e<br />

autônomas, instaladas sobre um território que exploram” (MENDRAS, 1978, p. 86). E diz<br />

a partir <strong>de</strong> Redfield que caracteriza a ‘pequena comunida<strong>de</strong>’ como:<br />

um todo, um sist<strong>em</strong>a ecológico, uma estrutura social, uma<br />

biografia ex<strong>em</strong>plar, um tipo <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>, uma visão do mundo, uma<br />

história, uma coletivida<strong>de</strong> entre outras coletivida<strong>de</strong>s, uma combinação <strong>de</strong><br />

contrários, um todo e seus el<strong>em</strong>entos” (MENDRAS, 1978, p. 85).<br />

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