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Acessar Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Ciências ...

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pra viver numa comunida<strong>de</strong> é preciso ter a sabedoria <strong>de</strong> saber<br />

conviver com as diferenças, porque uma comunida<strong>de</strong>, são grupos <strong>de</strong><br />

pessoas, on<strong>de</strong> cada um t<strong>em</strong> uma maneira particular <strong>de</strong> pensar. E isso<br />

muitas vez, se não souber conviver com essas diferenças as vezes gera<br />

intrigas né, <strong>de</strong>sconfiança que as vezes isso perdura por um t<strong>em</strong>po e<br />

acaba dificultando a relação, o afastamento <strong>de</strong> alguns né, que não t<strong>em</strong><br />

essa sabedoria <strong>de</strong> conviver com isso. São os <strong>de</strong>safios, viver <strong>em</strong><br />

comunida<strong>de</strong> é um <strong>de</strong>safio, mas que acima <strong>de</strong> tudo né, nós não fomos<br />

criados pra viver sozinhos, na casa, a família já é uma comunida<strong>de</strong> e a<br />

comunida<strong>de</strong> maior é conjunto <strong>de</strong> famílias que vive no mesmo espaço<br />

(Babazinho, 2007).<br />

Vimos que a formação da “comunida<strong>de</strong>” apresenta uma tessitura social,<br />

organizativa e territorial. E consi<strong>de</strong>rando a maneira como venho expondo a questão e<br />

abordando os discursos tendo <strong>em</strong> vista seus significados retomo o que diz<strong>em</strong> Mary Spink e<br />

Benedito Medrado (2004) quando faz<strong>em</strong> uma abordag<strong>em</strong> teórico-metodológica para<br />

análise das práticas discursivas.<br />

a produção <strong>de</strong> sentidos não é uma ativida<strong>de</strong> cognitiva intraindividual,<br />

n<strong>em</strong> pura e simples reprodução <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los pre<strong>de</strong>terminados.<br />

Ela é uma prática social, dialógica, que implica a linguag<strong>em</strong> <strong>em</strong> uso. A<br />

produção <strong>de</strong> sentidos é tomada, portanto, como um fenômeno<br />

sociolingüístico (...) e busca enten<strong>de</strong>r tanto as práticas discursivas que<br />

atravessam o cotidiano (narrativas, argumentações e conversas, por<br />

ex<strong>em</strong>plo), como os repertórios utilizados nessas produções discursivas<br />

(SPINK & MEDRADO, 2004, p. 42).<br />

A construção dos significados e dos discursos ocorre <strong>em</strong> várias circunstâncias. Na<br />

escola, as crianças já formulam uma das percepções <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>. No prédio da escola<br />

<strong>de</strong> Santo Antonio, pu<strong>de</strong> observar um trabalho <strong>em</strong> cartolina on<strong>de</strong> se inscrevia<br />

“Comunida<strong>de</strong>” e representada por um conjunto <strong>de</strong> edificações. Ela se impõe nas<br />

representações locais e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância on<strong>de</strong> as crianças reproduz<strong>em</strong> o espaço das relações<br />

e as concepções com a qual se relacionam, através, das brinca<strong>de</strong>iras. Foi assim que,<br />

presenciei a reprodução (como se ver na fotografia abaixo) dos aspectos <strong>de</strong> uma<br />

comunida<strong>de</strong> <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> edificações e das relações sendo imitado por crianças <strong>em</strong> Santo<br />

Antonio 70 .<br />

70 Em julho <strong>de</strong> 2007, durante o trabalho <strong>de</strong> campo, pu<strong>de</strong> observar a brinca<strong>de</strong>ira das crianças da casa on<strong>de</strong><br />

moro quando vou a Santo Antonio – a residência <strong>de</strong> meus pais. As brinca<strong>de</strong>iras acontec<strong>em</strong>, entre os<br />

chamados dos avós para levar um recado ao vizinho, pôr água do poço para a cozinha para as ativida<strong>de</strong>s<br />

domésticas. Nesses momentos, <strong>de</strong>ntro ou fora <strong>de</strong> casa, as brinca<strong>de</strong>iras explicitam as relações entre pais e<br />

filhos, vizinhança e compadrio. Umas <strong>de</strong>ssas ocasiões pu<strong>de</strong> verificar, que as crianças brincavam no “terreiro”<br />

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