Acessar Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Ciências ...
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A esse respeito da metodologia das ações da Igreja na sua atitu<strong>de</strong> preferencial pelos<br />
pobres e as mudanças que ocorreram nesse sentido, o interessante trabalho <strong>de</strong> Carmen<br />
Cinira Macedo (1986), menciona acerca da metodologia; assim, para essa autora, sob essa<br />
luz “As CEBs vão surgir neste contexto como uma proposta da Igreja para a inauguração<br />
<strong>de</strong> um novo estilo <strong>de</strong> Igreja <strong>de</strong> uma alternativa social profética (nos termos da própria<br />
Igreja). O processo pedagógico instaurado para atingir tais objetivos é conhecido como<br />
‘método ver-julgar-agir’”. A autora explica o método como funcionava na prática,<br />
transcrito a seguir, <strong>de</strong> maneira que se ass<strong>em</strong>elha ao praticado no início do Grupo <strong>de</strong><br />
Evangelização <strong>em</strong> Santo Antonio, conforme relatou Dona Izabel.<br />
o grupo se reúne e, feitas as orações iniciais, passa a colocar seus<br />
probl<strong>em</strong>as e dificulda<strong>de</strong>s. Isso é feito normalmente sob a orientação <strong>de</strong><br />
um coor<strong>de</strong>nador. É a fase do ver. Selecionadas, então questões principais,<br />
passa-se à reflexão – a fase do julgar – que consiste <strong>em</strong> tentar equacionar<br />
como Jesus agiria na mesma situação (MACEDO, 1986, p. 77).<br />
As reflexões sucediam e/ou <strong>de</strong>veriam promover umas ações práticas, que no caso<br />
<strong>de</strong> Santo Antonio, acontecia pela ajuda mútua, prestações <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> aos mais<br />
necessitados entre outras ações. Portanto, a partir das décadas <strong>de</strong> 1970 e 1980 se<br />
difundiram os Movimentos Eclesiais <strong>de</strong> Base e nessa linha, a ação evangelizadora por meio<br />
dos Grupos <strong>de</strong> Evangelização. Esta que era uma região com registro missionário há séculos<br />
passados. Passava agora a ser alvo das investidas catequizadoras e evangelizadoras da<br />
Igreja do final do século XX. E que contam-se, entretanto, com um setor “progressista da<br />
Igreja” Católica. Por assim dizer, uma Igreja renovada que se investe <strong>de</strong> outra atitu<strong>de</strong> na<br />
busca <strong>de</strong> ganhar/recuperar a<strong>de</strong>ptos (MACEDO, 1986, IOKOI, 1996, MARQUES, 2007).<br />
É nessa linha <strong>de</strong> atuação que a ação missionária converge para a área <strong>de</strong> Santana <strong>de</strong><br />
Bujaru que englobava diversas localida<strong>de</strong>s que naquele momento se encontravam sob sua<br />
jurisdição eclesiástica enquanto CEB. Sua ampliação <strong>de</strong>corre na fundação <strong>de</strong> outras CEBs.<br />
Assim, na trilha dos fundadores, que foram os primeiros “monitores” ou “coor<strong>de</strong>nadores”<br />
<strong>de</strong> Grupos, surgiram outras gerações que incorporam muitos dos princípios <strong>de</strong> “viver <strong>em</strong><br />
comunida<strong>de</strong>” segundo o que pregava a Igreja renovada. De tal forma se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong> que “ser<br />
comunida<strong>de</strong>” exige um engajamento político, comunitário, participando <strong>de</strong> pastorais<br />
sociais, e <strong>de</strong> movimentos sociais; neste sentido é que se afirma que tais movimentos e<br />
associações <strong>em</strong>ergiram “<strong>de</strong>ntro” da Igreja.<br />
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