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Acessar Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Ciências ...

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Figura 9. Casa da Dona Celina Costa e Seu Tibúrcio Valino<br />

O primeiro morador, das gerações atuais, do sítio Santo Antonio foi o Seu Tibúrcio<br />

Valino e sua família; na década <strong>de</strong> 1970 eles se <strong>de</strong>slocaram <strong>de</strong> um sítio próximo (São<br />

Mateus) para lá. No <strong>de</strong>correr dos anos <strong>de</strong> 1980 e 1990 seus filhos e parentes passaram a<br />

povoar o local construindo novas casas e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, ampliando o número <strong>de</strong> moradores.<br />

O Seu Tibúrcio relatou sobre o que é um sítio no sentido <strong>de</strong> localida<strong>de</strong>. Essas<br />

afirmações serv<strong>em</strong> para reforçar a concepção local sobre as subdivisões do povoado, sob a<br />

categorização mais geral <strong>de</strong> “comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santo Antonio”.<br />

O sítio é o lugar do quadro da casa 47 , por que antigamente quando<br />

me entendi, quando se fazia uma casa se colocava o nome. As vezes [essa<br />

<strong>de</strong>nominação] po<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o tamanho do terreno (Seu Tibúrcio<br />

Valino, 2007).<br />

Desse modo, também citou outros sítios – que se estendiam pelas margens do<br />

igarapé Dona, Cravo e do rio Bujaru. Entre esses lugares, especifica que o “Nazaré” do<br />

qual informa ter havido “escravatura” e <strong>de</strong>screve: “lá era um sítio gran<strong>de</strong>!”. A propósito da<br />

forma <strong>de</strong> ocupação e a atribuição <strong>de</strong> nomes a lugares antigos, ele diz imaginar que<br />

“antigamente” pessoas “subiam o rio, i<strong>de</strong>ntificavam uma terra e batizavam” 48 .<br />

Sobre o mesmo assunto, <strong>em</strong> comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Salvaterra, na Ilha <strong>de</strong> Marajó,<br />

Acevedo (2005), explica que os “sítios reún<strong>em</strong> unida<strong>de</strong>s domésticas (...) merecedoras <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>signação específica na visão dos seus moradores, apesar da indiferença dos ‘outros’ para<br />

47 O Entrevistado utiliza a expressão quadro para <strong>de</strong>finir o espaço mais restrito ao entorno da casa.<br />

48 Seu Tibúrcio Valino, entrevista <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2007.<br />

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