microvilosi<strong>da</strong>des longas e numerosas, sobretu<strong>do</strong> em folículos de pequenas dimensões, como já foi referi<strong>do</strong>, mas o seu número era relativamente reduzi <strong>do</strong>. A presença de cílios, por vezes bem desenvolvi<strong>do</strong>s, não constituía uma característica relevante <strong>da</strong> superfície apical <strong>da</strong>s células vesiculares, pois só raramente foram observa<strong>do</strong>s. Vesiculares Características <strong>do</strong>s Núcleos <strong>da</strong>s Células Os núcleos <strong>da</strong>s células vesiculares eram arre<strong>do</strong>n<strong>da</strong><strong>do</strong>s ou levemente irregulares, sem hetero- cromatina proeminente e de nucléolos relativamente pequenos. Ocasionalmente observavam-se corpos de inclusão, na maioria de tipo simples e, raramente, de estrutura complexa (Figs. 12,A-D). Os corpos de inclusão simples eram constituí<strong>do</strong>s por material fibrilhar e o seu diâmetro variava entre 0,4 e 0,6. y Os corpos de inclusão complexos tinham um diâmetro maior, entre 1,5 e 2,2 p e apresentavam uma parte central electrondensa, granular ou grânulo-fibrilhar, rodea<strong>da</strong> por um córtex fibrilhar. O componente electrondenso grânulo-fibrilhar de alguns corpos de inclusão complexos assumia evidentes caracterís ticas morfológicas de estrutura nucleolar. Tanto em corpos de inclusão simples como no córtex de corpos de inclusão complexos foram nota<strong>da</strong>s ocasionalmente estruturas paracrista- linas. Estas estruturas aparentemente resultavam <strong>da</strong> disposição em filamentos paralelos <strong>do</strong> componente fibrilhar. Interstício Características <strong>da</strong> Interface Epitélio A superfície basal <strong>da</strong>s células vesiculares apresentava uma morfologia muito variável. Em algumas células esta superfície era rectiliniza<strong>da</strong>, enquanto noutras era irregular. Esta irregulari<strong>da</strong>de por vezes era muito pronuncia<strong>da</strong>, em virtude de profun<strong>da</strong>s reentrâncias e de longas projecções <strong>do</strong> citoplasma. A lâmina basal contornava esta superficie basal dum mo<strong>do</strong> contínuo, apenas se notan<strong>do</strong> ocasio nais interrupções em áreas de passagem de células <strong>do</strong> infiltra<strong>do</strong> linfóide ou, muito raramente, em zonas de protusão, tipo "herniação", <strong>do</strong> citoplasma <strong>da</strong>s células vesiculares. De um mo<strong>do</strong> geral, a defini ção <strong>da</strong> lâmina basal era niti<strong>da</strong>, embora se verificasse quase sempre um relativo apagamento <strong>da</strong> "face" externa, levan<strong>do</strong> a uma aparente continui<strong>da</strong>de com o material microfibrilhar <strong>do</strong> interstício (Fig. 13,A). Em algumas áreas a lâmina basal <strong>da</strong>s células vesiculares apresentava-se reduplica<strong>da</strong>, mas esta alteração era pouco comum, assim como era rara a reduplicação <strong>da</strong> lâmina basal <strong>da</strong> parede <strong>do</strong>s capila res sanguíneos. (Fig. 13,C). No interstício, fora <strong>da</strong>s áreas sem eviden te colagenização, existiam microfibrilhas, em quanti <strong>da</strong>de variável, e raras fibras de colagénio (Fig. 13,B). Este material dispunha-se entre a lâmina basal <strong>da</strong>s células vesiculares e o capilar sanguíneo, apresentan<strong>do</strong>-se este espaço frequentemente mais alarga<strong>do</strong> <strong>do</strong> que na tireóide normal. Menos frequen temente, notava-se pelo contrário, uma proximi<strong>da</strong>de estreita entre a estrutura vesicular e o capilar sanguíneo, sobretu<strong>do</strong> em áreas com padrão de tipo "hiperplástico". De to<strong>da</strong>s as características <strong>da</strong> interface epitélio-interstício, <strong>do</strong>is aspectos morfológicos assumiam maior relevância: projecções de citoplasma <strong>da</strong>s células vesiculares com alterações várias, e presença de "depósitos" junto <strong>da</strong> lâmina basal <strong>da</strong>s células vesiculares, morfologicamente semelhantes a "depósitos" de imunocomplexos. Nas projecções citoplasmáticas <strong>da</strong> zona basal observava-se frequentemente material elec trondenso, por vezes com esboço de estrutura lamelar ou vestígeos de organitos citoplasmáticos, sugerin<strong>do</strong> processo degra<strong>da</strong>tivo (Figs. 14, A,B,C,). Estas ima gens foram observa<strong>da</strong>s em 28 <strong>do</strong>s 32 casos estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s. Em algumas áreas, estas estruturas eram bastante frequentes, a lâmina basal <strong>da</strong>s células vesiculares parecia reduplica<strong>da</strong> e o interstício era rico em microfibrilhas. Verificou-se ain<strong>da</strong> que em algumas destas projecções havia sugestão de dissolução <strong>da</strong> membrana citoplasmática e o seu conteú<strong>do</strong>, normalmente granular, parecia "libertar-se" no interstício (Figs. 15,A-F). Por vezes, a acompanhar estas alterações, notava-se ain<strong>da</strong> uma acumulação de material tipo lâmina basal ao re<strong>do</strong>r <strong>da</strong> projecção citoplasmática, sugerin<strong>do</strong> com mais ou menos nitidez formação de "depósitos" (Figs. 15, G,H,I,). Os "depósitos" de material grânulo-fibri-
Fig. 7 - <strong>Tireoidite</strong> linfocitica: Células vesiculares ricas em mitocôndrias. A - Algumas mitocôndrias apresentam corpos lamelares (setas). Linfócito (D entre células <strong>da</strong> vesícula tireoideia. 12.000x; B - O aparelho de Golgi é aparente (seta pequena) e as microvilosi<strong>da</strong>des bem desenvolvi<strong>da</strong>s (seta grossa). Numerosos corpos densos no citoplasma <strong>da</strong> zona apical. 8.000x. 45
- Page 1: - • ■ ,::;^.-v:;V- '.' ■ - :
- Page 4 and 5: Arte 48S, § 35 - A Faculdade não
- Page 6 and 7: descritas por este autor (251). Est
- Page 8 and 9: questões por esclarecer. Estas que
- Page 10 and 11: campo. Foram também excluídos os
- Page 12 and 13: No estudo imunocitoquímico foi uti
- Page 14 and 15: QUADRO I — Principais caracterís
- Page 16 and 17: LA - Resultados Globais RESULTADOS
- Page 18 and 19: QUADRO IV — Distribuição geogr
- Page 20 and 21: QUADRO VI — Principais caracterí
- Page 22 and 23: QUADRO IX — Principais caracterí
- Page 24 and 25: . ' w " If- '■»>~--i. . ■S '
- Page 26 and 27: QUADRO XII — Principais caracter
- Page 28 and 29: de dos casos de tireoidite linfocft
- Page 30 and 31: Fig. H - Hiperplasia difusa A - Pad
- Page 32 and 33: QUADRO XV — Percentagem de célul
- Page 34 and 35: II.B - Tireoglobulina IT.B1 - Tireo
- Page 36 and 37: Fig. 6 - Demonstração imunocitoqu
- Page 40 and 41: Fig. 8 - Tireoidite linfocítica: C
- Page 42 and 43: Fig. 11 - Tireoidite linfocítica:
- Page 44 and 45: Fig. 14 - Tireoidite linfocítica:
- Page 46 and 47: quer sinuosa, com prolongamentos di
- Page 48 and 49: Fig. 16 - Tireoidite linfocítica:
- Page 50 and 51: Fig. 18 Tireoidite linfocítica: In
- Page 52 and 53: fe;#"l8^iï : All: Ï: ; SI ?;
- Page 54 and 55: Fiq 22 - Hiperplasia difusa: Caract
- Page 56 and 57: DISCUSSÃO A - LIMITAÇÕES DO "MAT
- Page 58 and 59: -interstício. Com efeito, tanto na
- Page 60 and 61: em situações muito diversas: neop
- Page 62 and 63: 119, 257) e parece ser composta fun
- Page 64 and 65: é dirigida para componentes da mat
- Page 66 and 67: que ocorra no bócio multinodular (
- Page 68 and 69: a nível da célula tireoideia, que
- Page 70 and 71: desenvolvei—se na ausência de ti
- Page 72 and 73: ASPECTOS CERAIS DA PATOCENESE DA TI
- Page 74 and 75: menos de citotoxicidade responsáve
- Page 76 and 77: parece compatível com a relativa e
- Page 78 and 79: egiões estão em "desequilíbrio"
- Page 80 and 81: e a presença de células estimulad
- Page 82 and 83: variável de centros germinativos e
- Page 84 and 85: que possa ser secundária a process
- Page 86 and 87: and IgM (6 ± 596) positive" cells.
- Page 88 and 89:
I ism, and "aberrant" expression of
- Page 90 and 91:
trabalhos: Foram utilizados nesta d
- Page 92 and 93:
11 -AMINO, N., MIYAI, K., ONISHI, T
- Page 94 and 95:
40- BURMAN, P., KARLSSON, F.A., ÕB
- Page 96 and 97:
70 -DELESPESSE, G., BASTENIE, P.A.,
- Page 98 and 99:
100-FURSZYFER, J., KURLAND, L.T., M
- Page 100 and 101:
130 - HEDINCER, Chr.: Geographic pa
- Page 102 and 103:
159 KATZ, S.M., VICK ER Y, A.L.: Th
- Page 104 and 105:
190-LONDEI, M., LAMB, J.R., BOTTAZZ
- Page 106 and 107:
219- MOORE, I., WRIGHT, D.H.: Prima
- Page 108 and 109:
246- RAINES, K.B., BAKER, JR.,U.R.,
- Page 110 and 111:
277-SHAMSUDDIN, A.K.M., LANE, R.A.:
- Page 112 and 113:
305 - TAYLOR, H.C., SHEELER, L.R.:
- Page 114 and 115:
333- WOOLNER, L.B., McCONAHEY, W.M.
- Page 116 and 117:
Características da interface epit