02.06.2013 Views

Tireoidite linfocítica - Repositório Aberto da Universidade do Porto

Tireoidite linfocítica - Repositório Aberto da Universidade do Porto

Tireoidite linfocítica - Repositório Aberto da Universidade do Porto

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

quer sinuosa, com prolongamentos digitiformes<br />

que se interpenetravam. Nestas áreas de "contacto"<br />

notavam-se raramente uniões de membrana que,<br />

por vezes, esboçavam estrutura desmosómica.<br />

Outras estruturas de membrana, de caracterfsticas<br />

pecuiiares e com semelhanças morfológicas com<br />

os desmosomas, foram também nota<strong>da</strong>s. O seu<br />

comprimento era variável (0,4 u a 3y ) e tinham<br />

uma espessura de 115±23nm. Eram constituí<strong>da</strong>s<br />

por duas faixas externas electrondensas sem filamen­<br />

tos intermediários convergentes, situa<strong>da</strong>s ao nível<br />

<strong>da</strong>s membranas citoplasmáticas e separa<strong>da</strong>s por<br />

uma fen<strong>da</strong> de 58 ±21nm; na parte central desta<br />

fen<strong>da</strong> existia uma outra faixa electrondensa de<br />

2H ±10nm de espessura (Figs. 20, B,C,D). Nos extre­<br />

mos destas estruturas juncionais o espaço intercelular<br />

por vezes alargava-se e esboçava uma pequena<br />

formação sacular.<br />

As membranas citoplasmáticas de macró-<br />

fagos contíguos nem sempre eram contínuas. Em<br />

algumas áreas tornavam-se imperceptíveis por<br />

aparente "dissolução", levan<strong>do</strong> a junção <strong>do</strong> citoplasma<br />

<strong>da</strong>s respectivas células.<br />

Vesiculares<br />

III.B - Hiperpiasia Difusa<br />

Características Cerais <strong>da</strong>s Células<br />

O aspecto ultrastrutural mais saliente<br />

<strong>da</strong>s células tireoideias era <strong>da</strong><strong>do</strong> pela exuberância<br />

<strong>do</strong> retículo en<strong>do</strong>plasmático rugoso. Esta proeminência<br />

era mais acentua<strong>da</strong> nas células <strong>do</strong>s casos incluí<strong>do</strong>s<br />

no grupo I e normalmente acompanhava-se de um<br />

aparelho de Golgi muito bem desenvolvi<strong>do</strong>, notan-<br />

<strong>do</strong>-se também em algumas células abun<strong>da</strong>ntes<br />

corpos densos lisosómicos na parte apical <strong>do</strong> cito<br />

plasma (Fig. 21, A).<br />

Nas células tireoideias <strong>do</strong> grupo II o<br />

retículo en<strong>do</strong>plasmático rugoso era igualmente<br />

o organito pre<strong>do</strong>minante; o aparelho de Golgi nota-<br />

va-se também frequentemente, mas sem a exuberân­<br />

cia patentea<strong>da</strong> nas células <strong>do</strong> grupo I (Fig. 21,B).<br />

Esta diminuição <strong>do</strong> pre<strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> retículo<br />

en<strong>do</strong>plasmático rugoso acentuava-se nas células<br />

<strong>do</strong> grupo III, onde os elementos sem proeminência<br />

de um determina<strong>do</strong> tipo de organito eram mais<br />

comuns.<br />

<strong>da</strong>s Células Vesiculares<br />

Características <strong>da</strong> Superfície Apical<br />

As microvilosi<strong>da</strong>des longas e numerosas<br />

constituíam, juntamente com a exuberância <strong>do</strong><br />

retículo en<strong>do</strong>plasmático rugoso, um <strong>do</strong>s aspectos<br />

ultrastruturais mais característico <strong>da</strong>s células<br />

tireoideias <strong>do</strong>s casos incluí<strong>do</strong>s no grupo I. No grupo<br />

III, pelo contrário, pre<strong>do</strong>minavam as célula tireoideias<br />

com microvilosi<strong>da</strong>des pequenas e espaça<strong>da</strong>s. As<br />

células tireoideias <strong>do</strong> grupo II apresentavam caracte­<br />

rfsticas intermédias: pre<strong>do</strong>minavam as células<br />

com microvilosi<strong>da</strong>des bem desenvolvi<strong>da</strong>s, mas exis­<br />

tiam, muito mais frequentemente que no grupo<br />

I, células de superfície apical com microvilosi<strong>da</strong>des<br />

relativamente apaga<strong>da</strong>s.<br />

Vesiculares<br />

Características <strong>do</strong>s Núcleos <strong>da</strong>s Células<br />

Os núcleos <strong>da</strong>s células vesiculares eram<br />

arre<strong>do</strong>n<strong>da</strong><strong>do</strong>s ou de perfil ligeiramente irregular,<br />

com heterocromatina reduzi<strong>da</strong> e nucléolos pequenos.<br />

Os corpos de inclusão eram raros e apenas se notaram<br />

corpos simples.<br />

terstício<br />

Características <strong>da</strong> Interface Epitélio-ln-<br />

O aspecto morfológico <strong>da</strong> superfície<br />

basal <strong>da</strong>s células vesiculares não era uniforme:<br />

a superfície tanto se apresentava relativamente<br />

lisa como patenteava projecções citoplasmáticas<br />

de dimensões diversas. Estas características foram<br />

observa<strong>da</strong>s nos 3 grupos histológicos, embora no<br />

grupo I as projecções citoplasmáticas fossem mais<br />

numerosas e exuberantes, e se notasse uma atenuação<br />

deste aspecto no grupo III.<br />

A lâmina basal <strong>da</strong>s células vesiculares<br />

era contínua e ocasionalmente apresentava-se<br />

reduplica<strong>da</strong>. A sua definição era deficiente em<br />

algumas áreas, sobretu<strong>do</strong> naquelas em que a superfi­<br />

cie basal <strong>da</strong> célula vesicular se apresentava mais<br />

irregular e no interstício existia abun<strong>da</strong>nte material<br />

microfibrilhar (Fig. 22,A).<br />

Os capilares sanguíneos mantinham<br />

uma íntima relação topográfica com as vesículas<br />

tireoideias, principalmente nos casos <strong>do</strong> grupo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!