Manual de Especialidades em Saúde Bucal
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18 SECRETARIA DE ATENçãO à SAÚDE/MS<br />
acesso, coleta, manipulação (manobras estas<br />
mais difíceis para obtenção <strong>de</strong> amostras<br />
intra-ósseas) <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser objeto <strong>de</strong> cuidados<br />
cirúrgicos compatíveis com este objetivo.<br />
Condutas <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> urgência/<strong>em</strong>ergência<br />
Em casos <strong>de</strong> h<strong>em</strong>orragia, verificar a<br />
orig<strong>em</strong> da h<strong>em</strong>orragia e, <strong>de</strong> acordo com a<br />
causa, consi<strong>de</strong>rar compressão, curetag<strong>em</strong>,<br />
sutura ou uso <strong>de</strong> agentes h<strong>em</strong>ostáticos.<br />
Preparo prévio a ser realizado na Atenção<br />
Básica<br />
Solicitar que o paciente leve ao CEO<br />
todos os resultados <strong>de</strong> exames previamente<br />
solicitados (inclusive <strong>de</strong> imag<strong>em</strong>) e lista<br />
<strong>de</strong> medicamentos <strong>em</strong> uso. Desmistificar<br />
para o paciente a prática <strong>de</strong> biópsia como<br />
procedimento diagnóstico exclusivamente<br />
indicado para lesões malignas.<br />
Proservação<br />
A proservação <strong>de</strong>ve ser feita s<strong>em</strong>pre na<br />
Atenção Secundária.<br />
Observações<br />
• No caso das punções usa-se seringa<br />
<strong>de</strong> vidro, com agulha hipodérmica<br />
ou agulha <strong>de</strong> grosso calibre, na<br />
<strong>de</strong>pendência da espessura da cortical<br />
óssea a ser rompida.<br />
• Também po<strong>de</strong>rão ser usadas seringas<br />
plásticas <strong>de</strong>scartáveis. A coleta <strong>de</strong><br />
líquido da lesão é um procedimento<br />
para visualização clínica do mesmo.<br />
Não há gran<strong>de</strong> informação diagnóstica<br />
que advenha <strong>de</strong> esfregaços e análise<br />
microscópica <strong>de</strong>stas amostras.<br />
O Exame Anatomopatológico<br />
Um serviço que realiza procedimentos<br />
<strong>de</strong> Estomatologia funciona <strong>de</strong> forma muito<br />
limitada na ausência <strong>de</strong> referências para<br />
encaminhamento das peças cirúrgicas<br />
incisionais ou excisionais, b<strong>em</strong> como <strong>de</strong><br />
raspados citológicos da mucosa bucal.<br />
É necessário que o gestor responsável<br />
estabeleça, com a re<strong>de</strong> municipal/regional<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, os fluxos e as referências para<br />
laboratórios <strong>de</strong> anatomopatologia também<br />
para os CEO. Preferencialmente, esses<br />
laboratórios <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser aqueles com a<br />
presença do especialista <strong>em</strong> Patologia<br />
<strong>Bucal</strong>, cuja ativida<strong>de</strong> foi incluída na Tabela<br />
<strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s do SIA/SUS pela portaria<br />
nº 566 SAS/MS, <strong>de</strong> 06 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong><br />
2004, Artigo 3 o . Caso esta referência não<br />
exista, sugere-se aos gestores a vinculação ao<br />
serviço <strong>de</strong> anatomia patológica já existente<br />
na re<strong>de</strong>.<br />
Para acondicionamento das peças<br />
cirúrgicas é necessário um frasco plástico com<br />
tampa (coletor universal) e formol a 10%.<br />
Um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> ficha <strong>de</strong> requisição <strong>de</strong> exame<br />
anatomopatológico segue no Anexo B.<br />
Todas as peças operatórias r<strong>em</strong>ovidas<br />
nos CEO <strong>de</strong>v<strong>em</strong>, obrigatoriamente, seguir<br />
para exame anatomopatológico. Deve ser<br />
mantido um registro com os resultados<br />
dos exames realizados, como mecanismo<br />
<strong>de</strong> avaliação e controle da inclusão da<br />
especialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Estomatologia nos<br />
CEO.<br />
1.2.5.4 doenças <strong>de</strong> manejo não-cirúrgico<br />
1.2.5.4.1 Candidíase<br />
<strong>de</strong>finição<br />
É a infecção fúngica bucal mais<br />
comum.<br />
manifestações clínicas<br />
As manifestações clínicas são<br />
variáveis, sendo a mais freqüente aquela<br />
associada à Estomatite Protética, com<br />
formação <strong>de</strong> área atrófica e erit<strong>em</strong>atosa<br />
que sugere a nomenclatura da lesão.<br />
Os usuários acometidos são na maioria<br />
assintomáticos, mas eventualmente<br />
po<strong>de</strong>m se queixar <strong>de</strong> dor, ardência ou,<br />
mais raramente, prurido. Algumas lesões<br />
associadas à cândida po<strong>de</strong>m manifestarse<br />
<strong>de</strong> maneira aguda, com formação<br />
<strong>de</strong> pseudom<strong>em</strong>brana esbranquiçada<br />
(candidíase pseudom<strong>em</strong>branosa). A<br />
pseudom<strong>em</strong>brana po<strong>de</strong> ser coletada por<br />
esfregaço e encaminhada para exame