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View - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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Colecistíte Agu<strong>da</strong>. Aspectos Clínicos e Experimentais<br />

Esta afecção manifesta-se em 90 a 95% <strong>do</strong>s casos no decurso <strong>da</strong> litíase<br />

biliar, sen<strong>do</strong> nos restantes 5 a 10% de origem não litiásica (12) .<br />

A colecistite agu<strong>da</strong> alitiasica é uma afecção muito curiosa, não muito fre­<br />

quente, mas que merece algumas reflexões. Apesar de já ter si<strong>do</strong> descrita em<br />

1884 por Duncan (B) , por Kocker e AAaxti em 1906 (l4) , a primeira série im­<br />

portante foi referi<strong>da</strong> por Glenn em 1947 (l5) , corresponden<strong>do</strong> a 17 indivíduos<br />

cuja afecção se verificou no decurso <strong>do</strong> pós-operatório <strong>da</strong> mais varia<strong>da</strong> etio­<br />

logia; posteriormente, Thompson apresentou, em 1962, mais 98 casos (l6) .<br />

Em 1970, foram relata<strong>do</strong>s 7,4% de colecistites agu<strong>da</strong>s alitiásicas num to­<br />

tal de 28.621 colecistectomias efectua<strong>da</strong>s por litíase em Ohio (l7) . Em 1979,<br />

Glenn referiu um aumento indiscutível desta enti<strong>da</strong>de, encontran<strong>do</strong>-a em 9,5%<br />

<strong>da</strong>s colecistectomias opera<strong>da</strong>s (l8) .<br />

A etiologia <strong>da</strong> colecistite agu<strong>da</strong> alitiasica é muito varia<strong>da</strong> e complexa;<br />

manifesta-se, essencialmente, em <strong>do</strong>entes com cirurgia de alto risco e que es­<br />

tão submeti<strong>do</strong>s a tratamento pós-operatório nas U.C.I.; igualmente se pode<br />

instalar em queima<strong>do</strong>s (19) , traumatiza<strong>do</strong>s (20) , ou no decurso de esta<strong>do</strong>s de<br />

choque (21) .<br />

No quadro 111, indicamos os vários actos cirúrgicos em que foi possível<br />

<strong>do</strong>cumentar no pós-operatório o seu aparecimento (22) .<br />

Quadro III - Colecistite agu<strong>da</strong> após intervenções cirúrgicas<br />

1) Cardíacas (cirurgia coronária, mitral, transplantação)<br />

2) Ab<strong>do</strong>mino-pélvicas (herniorrafia inguinal, esofagectomia, cirurgia gástrica,<br />

colectomia, pancreatectomia, esplenectomia, cirurgia genital e ano-rectal).<br />

3) Cabeça e pescoço (tireóide, esvaziamento cervical)<br />

4) Tórax (esofagectomia, pneuinectomia)<br />

5) Vascular (caróti<strong>da</strong>, aorta, "bypass", simpaticectomia, amputações)<br />

6) Urologia (cistostomia, resseção prostática, nefrectomia, uretero-sigmoi<strong>do</strong>stomia,<br />

transplantação renal.<br />

7) Ortopédica - artroplastia, cirurgia <strong>da</strong> coluna.<br />

28<br />

(De acor<strong>do</strong> com Bark) {11)

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