View - Repositório Aberto da Universidade do Porto
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Colecistite Agu<strong>da</strong>. Aspectos Clínicos e Experimentais<br />
<strong>da</strong> noutras circunstâncias manifesta-se com início insidioso, traduzin<strong>do</strong>-se por<br />
uma fístula biliar externa ou interna. Um bom exemplo destas últimas é o<br />
íleo biliar em que a comunicação <strong>da</strong> vesícula para o duodeno pode originar a<br />
migração de um cálculo que se vai deter na válvula ileocecal, originan<strong>do</strong> um<br />
quadro oclusivo; <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong>, tem si<strong>do</strong> descritas fístulas bilio-cólicas.<br />
A perfuração ocorre, essencialmente, no fun<strong>do</strong> <strong>da</strong> vesícula, provavelmente<br />
porque a vascularização é aí mais deficiente.<br />
A sintomatologia <strong>da</strong> perfuração vesicular em peritoneo livre corresponde<br />
a um quadro de ventre agu<strong>do</strong>, com contractura, vómitos, íleo-paralitico e por<br />
vezes choque séptico de maior ou menor intensi<strong>da</strong>de.<br />
ratória.<br />
A cirurgia deve ser urgente, segui<strong>da</strong> de cui<strong>da</strong><strong>do</strong>sa reanimação pós-ope-<br />
A hemorragia é ocasiona<strong>da</strong> pela erosão <strong>da</strong> artéria cística, sen<strong>do</strong> muito<br />
pouco frequente.<br />
A gangrena vesicular corresponde à inflamação vesicular com necrose;<br />
surge essencialmente nos diabéticos, poden<strong>do</strong> evoluir para a perfuração.<br />
Os abcessos pericolecísticos localizam-se no leito vesicular, na própria<br />
parede <strong>da</strong> vesícula, em pleno parênquima hepático ou à volta <strong>da</strong> vesícula, dre<br />
nan<strong>do</strong> para a cavi<strong>da</strong>de peritoneal.<br />
A colecistite enfisematosa é uma forma particularmente rara de cole<br />
cistite agu<strong>da</strong>, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> descritas até hoje algumas centenas de casos. Tra-<br />
duz-se pelo aparecimento de gaz na vesícula, sen<strong>do</strong> igualmente designa<strong>da</strong> co<br />
lecistite gasosa ou pneumocolecistite.<br />
Aparece três a sete vezes mais no homem <strong>do</strong> que na mulher e a i<strong>da</strong>de<br />
média corresponde aos 60 anos; a diabetes é referencia<strong>da</strong> em 38% <strong>do</strong>s casos;<br />
em mais de um terço de indivíduos, não foi possível demonstrar a existência<br />
de litíase.<br />
Deve-se distinguir a colecistite enfisematosa <strong>da</strong> gangrenosa; na primeira<br />
há mais sinais toxi-infecciosos <strong>do</strong> que na segun<strong>da</strong>; os microrganismos respon-<br />
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