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View - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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IX. Investigação Clínica<br />

Embora este acidente não tivesse si<strong>do</strong> condiciona<strong>do</strong> pela colecistectomia<br />

laparoscópica, não pode deixar de ser devi<strong>da</strong>mente valoriza<strong>do</strong>; como já disse­<br />

mos, no grupo <strong>da</strong>s laparotomias, igualmente registamos uma lesão idêntica,<br />

corrigi<strong>da</strong> <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong> e com bons resulta<strong>do</strong>s.<br />

A incidência desta complicação é mais eleva<strong>da</strong> no decurso <strong>da</strong> cirurgia<br />

por lesões inflamatórias agu<strong>da</strong>s trata<strong>da</strong>s por laparoscopia <strong>do</strong> que acontece<br />

em cirurgia electiva; o seu aparecimento varia de 0,4% (l82, ; a 1,5 (204) .<br />

Não pode ser esqueci<strong>do</strong> que ela, por vezes, não é reconheci<strong>da</strong> no acto<br />

cirúrgico, <strong>do</strong>nde o interesse <strong>da</strong> colangiografia per-operatória; embora este exa­<br />

me nem sempre impeça a complicação em causa, permite, pelo menos o seu<br />

diagnóstico e imediata reparação, essencialmente na "presença de anomalias (l57) .<br />

De qualquer mo<strong>do</strong>, a lesão biliar no decurso <strong>da</strong> colecistite agu<strong>da</strong> é mui­<br />

to mais grave <strong>do</strong> que na cirurgia electiva, poden<strong>do</strong> ocasionar situações cuja<br />

solução nem sempre é fácil. Por to<strong>da</strong>s estas razões, nunca é de mais insistir<br />

na imediata conversão quan<strong>do</strong> houver dúvi<strong>da</strong>s na conveniente identificação<br />

<strong>da</strong>s estruturas pediculares, recorren<strong>do</strong> igualmente à colangiografia per-ope­<br />

ratória.<br />

Parece-nos ain<strong>da</strong> conveniente referir a utili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> colecistostomia per-<br />

cutânea sob controlo ecográfico num primeiro tempo, nos <strong>do</strong>entes em esta­<br />

<strong>do</strong> crítico, realizan<strong>do</strong> posteriormente a colecistectomia laparoscópica; esta ati­<br />

tude, por nós segui<strong>da</strong> em 2 casos, foi igualmente preconiza<strong>da</strong> por Auguste (2l0) .<br />

Nas situações de difícil individualização <strong>do</strong> pedículo cístico, torna-se, por ve­<br />

zes, vantajoso recorrer à colecistectomia anterograde sugeri<strong>do</strong> por Uyama (2I1)<br />

e por nós utiliza<strong>da</strong> em 3 opera<strong>do</strong>s.<br />

A incidência de conversão na nossa série corresponde a 24%.<br />

As razões responsáveis por tal atitude são assinala<strong>da</strong>s no Quadro XXIV e<br />

vão desde a indefinição anatómica à hemorragia e perfuração vesicular.<br />

É fun<strong>da</strong>mental acentuar que a conversão não é um sinal de inexperiência,<br />

mas sim de maturi<strong>da</strong>de e de bom senso cirúrgico.<br />

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