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View - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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Colecistite Agu<strong>da</strong>. Aspectos Clínicos e Experimentais<br />

deoxicolato, poden<strong>do</strong> eventualmente lesar a parede vesicular e levar à liber­<br />

tação de media<strong>do</strong>res inflamatórios. Não parece, contu<strong>do</strong>, que a sua acção seja<br />

primordial na colecistite agu<strong>da</strong>, uma vez que a sua concentração não está au­<br />

menta<strong>da</strong> na vesícula obstruí<strong>da</strong>, desaparecen<strong>do</strong> rapi<strong>da</strong>mente <strong>da</strong> bílis <strong>da</strong> vesícula<br />

com lesões agu<strong>da</strong>s ( - 75 \ Por outro la<strong>do</strong>, a vesícula biliar é normalmente sub­<br />

meti<strong>da</strong> à acção destas substâncias, sem que haja qualquer complicação.<br />

A lisolecitina tem, indiscutivelmente, alta importância na fisiopatologia<br />

<strong>da</strong> colecistite agu<strong>da</strong>; a lecitina, componente normal <strong>da</strong> bílis, é hidroliza<strong>da</strong> em<br />

lisolecitina através de uma enzima que está presente nas lisosomas <strong>da</strong>s células<br />

epiteliais vesiculares, no fíga<strong>do</strong> e nas secreções pancreáticas, denomina<strong>da</strong><br />

fosfolipase A 2 . A lisolecitina tem uma acção citotóxica intensa, excerba<strong>da</strong> na<br />

presença <strong>da</strong> (3 glucuroni<strong>da</strong>se (aumenta<strong>da</strong> na bílis vesicular infecta<strong>da</strong> com<br />

Escherichia coli) { - 7(, - 77 \<br />

No decurso <strong>da</strong> colecistite agu<strong>da</strong>, verificou-se a diminuição <strong>da</strong> concen­<br />

tração biliar de lecitina e aumento <strong>da</strong> lisolecitina quer em investigações expe­<br />

rimentais quer em patologia humana. Entre nós, Silva Leal, em 1973, deu ple­<br />

na confirmação a estes resulta<strong>do</strong>s (78 l<br />

Recentemente, atribui-se acção primordial à acção <strong>da</strong>s prostaglandins,<br />

encontran<strong>do</strong>-se níveis destes media<strong>do</strong>res francamente aumenta<strong>do</strong>s no decurso<br />

de colecistites agu<strong>da</strong>s ( 79 ' 80 '.<br />

O mecanismo <strong>da</strong> sua acção está incluí<strong>do</strong> no vulgarmente designa<strong>do</strong> por<br />

"eicosanoíd cascade". Assim, a fosfolipase A 2 liberta áci<strong>do</strong>s gor<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

fosfolipídeos <strong>da</strong>s membranas, que são precursores <strong>do</strong> áci<strong>do</strong> araquidónico; pos­<br />

teriormente formam-se prostaglandinas, trombaxanos e leucotrienos (8I) .<br />

O fíga<strong>do</strong> segrega igualmente áci<strong>do</strong> araquidónico, o que é importante para<br />

a formação de prostaglandinas, que podem ain<strong>da</strong> ser liberta<strong>da</strong>s pela simples<br />

distensão vesicular.<br />

34<br />

As prostaglandinas levam a aumento <strong>da</strong> secreção <strong>da</strong> mucosa vesicular; a

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