Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – APPA - Ibama
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<strong>APPA</strong> ACQUAPLAN<br />
9. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS<br />
9.1. Introdução<br />
Segundo Anjos (2006), o Complexo Estuarino <strong>de</strong> <strong>Paranaguá</strong> vem recebendo a<br />
<strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> efluentes urbanos in natura, principalmente nas proximida<strong>de</strong>s da<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Paranaguá</strong>. Estes efluentes, além da poluição química, po<strong>de</strong>m alterar<br />
as proprieda<strong>de</strong>s físico-químicas do sistema (pH e temperatura), prejudicando a<br />
biota mais sensível às alterações ambientais.<br />
Por outro lado, há também a intensa operação do Porto <strong>de</strong> <strong>Paranaguá</strong>, que<br />
apresenta um crescimento significativo na movimentação <strong>de</strong> mercadorias nas<br />
últimas décadas, consequentemente acompanhado <strong>de</strong> um aumento no risco <strong>de</strong><br />
lançamentos em <strong>de</strong>sacordo. De acordo com Silva et al. (2003), 27% do volume<br />
total das mercadorias exportadas pelo Porto correspon<strong>de</strong> a materiais perigosos<br />
ao meio ambiente. Entre esses se <strong>de</strong>stacam: <strong>de</strong>riva<strong>dos</strong> <strong>de</strong> petróleo, produtos<br />
químicos, sal, minérios, óleos vegetais, adubos, papel e resíduos <strong>de</strong> soja. No<br />
caso <strong>de</strong> algum aci<strong>de</strong>nte, fatalmente as águas da baía e suas margens sofreriam<br />
danos significativos (MARTIN, 1992, apud CANEPARO, 1999). Tambem não se<br />
po<strong>de</strong> ignorar que a ampliação das ativida<strong>de</strong>s portuárias do Complexo Portuário<br />
<strong>de</strong> <strong>Antonina</strong> po<strong>de</strong>rão contribuir para a intensificação <strong>de</strong>stes riscos. O resultado<br />
da somatória <strong>de</strong>stas constatações é que o CEP encontra-se sob uma pressão<br />
antrópica particular, <strong>de</strong>corrente da ativida<strong>de</strong> portuária. Com base nisso é que se<br />
justifica o Programa <strong>de</strong> Monitoramento da Qualida<strong>de</strong> das Águas.<br />
Em função da operação, os principais impactos previstos estão associa<strong>dos</strong> ao<br />
lançamento aci<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> contaminantes, à movimentação <strong>de</strong> cargas perigosas,<br />
<strong>de</strong> substâncias oleosas, químicos orgânicos e inorgânicos, ou seres vivos como<br />
bactérias e microorganismos. Inclui-se também o aumento da carga orgânica<br />
(efluentes sanitários) e eventuais resíduos <strong>dos</strong> serviços auxiliares.<br />
Assim, esse Programa contribuirá para o controle e a minimização <strong>dos</strong> impactos<br />
negativos <strong>de</strong>correntes das ativida<strong>de</strong>s associadas ao Complexo Portuário <strong>de</strong><br />
<strong>Antonina</strong> sobre as águas do complexo estuarino, <strong>de</strong>vendo se esten<strong>de</strong>r durante<br />
toda a vida útil do empreendimento.<br />
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Plano <strong>de</strong> Controle Ambiental <strong>–</strong> PCA - 77 -