envolvimento da proteína, carboidrato, lipídio e selênio - Unesp
envolvimento da proteína, carboidrato, lipídio e selênio - Unesp
envolvimento da proteína, carboidrato, lipídio e selênio - Unesp
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Introdução<br />
A temperatura ambiente é um fator muito importante para obter-se um ótimo<br />
desempenho em frangos de corte. Temperaturas acima de 30°C não permitem as aves<br />
manter a temperatura corporal que tende a aumentar, sendo que neste ponto as<br />
mu<strong>da</strong>nças bioquímicas e fisiológicas começam a ocorrer.<br />
Há um desafio constante de fatores intrínsicos e extrínsicos ou estressores sobre<br />
a homeostase <strong>da</strong>s aves. Condições estressantes podem estimular níveis excessívos de<br />
substâncias reativas ao oxigênio (ROS), resultando em um desbalanço entre a oxi<strong>da</strong>ção<br />
e o sistema antioxi<strong>da</strong>nte dos frangos, caracterizando assim o chamado estresse<br />
oxi<strong>da</strong>tivo (LIN et al., 2006). A alta temperatura pode ser considera<strong>da</strong> como um forte<br />
estressor climático, causando prejuízos no sistema antioxi<strong>da</strong>nte em frangos<br />
(WOLFENSON et al., 1979; DONKOH, 1989), aumentando assim a produção de ROS e<br />
a peroxi<strong>da</strong>ção lipídica nos tecidos e no soro sanguíneo. Para combater esses radicais<br />
livres, existem nos tecidos sistemas de defesas antioxi<strong>da</strong>nte na forma enzimática e não<br />
enzimática, sendo que as enzimas catalase, superoxido dismutase e glutationa<br />
peroxi<strong>da</strong>se, são considera<strong>da</strong>s marcadores do estresse oxi<strong>da</strong>tivo, tendo como função de<br />
“scavenging” ou seja, recolhem os radicais prejudiciais (MAINI et al., 2007).<br />
Estes radicais livres são altamente instáveis e reativos, são capazes de <strong>da</strong>nificar<br />
moléculas biologicamente importantes, como DNA, <strong>proteína</strong> e <strong>lipídio</strong>s. O <strong>da</strong>no causado<br />
ao DNA pelos radicais livres, esta associado à mutações, erros de transcrição e inibição<br />
de síntese protéica, <strong>da</strong>nos nas <strong>proteína</strong>s causam modificações no transporte iônico e<br />
alteram a ativi<strong>da</strong>de enzimática, já a peroxi<strong>da</strong>ção dos ácidos graxos poliinsaturados<br />
(PUFA) leva a alteração <strong>da</strong> composição, estrutura e proprie<strong>da</strong>des (permeabili<strong>da</strong>de e<br />
fluidez) <strong>da</strong> membrana. (KARADAS & SURAI, 2004).<br />
Para li<strong>da</strong>r com os radicais livres que são constantemente produzidos, o<br />
organismo produz uma série de enzimas antioxi<strong>da</strong>ntes que reagem a estes radicais,<br />
mas para isso necessitam de co-fatores metálicos. O <strong>selênio</strong> na forma de<br />
selenocisteína é parte de uma família de enzimas chama<strong>da</strong>s de glutadiona peroxi<strong>da</strong>se<br />
(GSH-Px) e tiredoxina redutase, o cobre, o zinco e o manganês são parte <strong>da</strong> família<br />
superóxido dismutase (SOD), já o ferro faz parte <strong>da</strong> enzima catalase. Para que haja a<br />
51