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Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

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Discussão 76<br />

(37,8%), Trichomonas vaginalis (4,7%), Gardnerella vaginalis (3,9%), sífilis (1,7%) e Neisseria<br />

gonorrhea (1,3%).<br />

De forma geral, os trabalhos na literatura mostram proximidade aos valores<br />

encontrados <strong>em</strong> nosso estudo (detecção de 44,8% de leveduras do gênero Candida <strong>em</strong> <strong>pacientes</strong><br />

<strong>gestantes</strong>, n=90), oscilando entre 28 a 66 %, variando com a população analisada (n), e com os<br />

percentuais encontrados para as espécies não-albicans quando a identificação foi realizada.<br />

A prevalência de C. albicans <strong>em</strong> relação às outras espécies é descrita <strong>em</strong> vários<br />

relatos (Namkinga et al, 2005, Us & Cengiz, 2006, Garcia Heredia et al, 2006).<br />

Recent<strong>em</strong>ente, Garcia Heredia et al (2006) avaliaram 493 <strong>pacientes</strong> <strong>em</strong> Buenos<br />

Aires, no período compreendido entre dez<strong>em</strong>bro de 1998 e fevereiro de 2000, e encontraram<br />

uma prevalência total de Candida spp igual a 28%. A distribuição entre as espécies foi: C.<br />

albicans (90,4%), C. glabrata (6,3%), C. parapsilosis (1,1%), C. kefyr (1,1%), e espécies não<br />

identificadas (1,1%).<br />

O percentual encontrado para a espécie C. albicans (90,4%) no trabalho publicado<br />

por Garcia Heredia et al (2006), foi próximo ao encontrado <strong>em</strong> nosso estudo (92,3%) <strong>em</strong><br />

<strong>pacientes</strong> <strong>gestantes</strong>.<br />

Entretanto, os dados obtidos por Us & Cengiz (2006) estudando uma população de<br />

218 mulheres <strong>gestantes</strong>, apresentando sinais e sintomas de candidíase <strong>vulvovaginal</strong>, apontaram o<br />

percentual de 53,2% para a espécie C. albicans, refletindo valor bastante inferior ao nosso<br />

achado. Estes autores encontraram a seguinte distribuição para as espécies não-albicans: C.<br />

glabrata (28,5%), C. tropicalis (11,6%) e (6,4%) C. krusei, correspondendo a sequência e<br />

percentuais diferentes dos obtidos <strong>em</strong> nosso trabalho.<br />

Nos últimos anos têm sido observadas mudanças epid<strong>em</strong>iológicas atribuídas <strong>em</strong><br />

muitos casos às práticas terapêuticas <strong>em</strong>pregadas. Neste contexto, v<strong>em</strong> sendo destacado o<br />

aparecimento de cepas que t<strong>em</strong> desenvolvido resistência secundária aos antifúngicos e a<br />

substituição de algumas espécies susceptíveis por outras resistentes (Cuenca-Estrella &<br />

Rodriguez Tudella, 2002).<br />

Esforços também têm sido realizados no sentido de padronizar técnicas para detecção<br />

de resistências in vitro, as quais possam exibir certa correlação com a evolução clínica dos<br />

<strong>pacientes</strong>. Atualmente, o CLSI recomenda a utilização dos documentos aprovados para<br />

realização dos testes de susceptibilidade in vitro a drogas antifúngicas com leveduras<br />

(documento M27 A2, 2005), e com fungos micelianos (documento M 38 A).

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