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Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

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Discussão 78<br />

um restrito número de isolados avaliados por Andreu et al (2001), para que tal inferência possa<br />

ser apontada, além de considerarmos importantes as questões levantadas por Cuenca-Estrella &<br />

Rodriguez-Tudella (2002) no que se refere aos pontos de corte estabelecidos. Apenas para<br />

algumas situações clínicas, através de estudos randomizados (Clancy & Nguyen, 1999; Rex et al,<br />

1998) foi possível o estabelecimento de pontos de corte, os quais pod<strong>em</strong> predizer uma boa<br />

correlação entre susceptibilidade in vitro e resposta terapêutica.<br />

Ainda Candido et al (1999), utilizando a metodologia comercialmente disponível<br />

(Etest), avaliaram a prevalência e distribuição de espécies de leveduras do gênero Candida nos<br />

sítios anatômicos vagina e ânus, a partir de 80 <strong>pacientes</strong> adultas na faixa etária entre 18 a 59<br />

anos. Os autores obtiveram um percentual relativamente baixo (21,2%) no que se refere à<br />

recuperação das leveduras a partir das 80 <strong>pacientes</strong> avaliadas. Eles detectaram resistência in vitro<br />

para o cetoconazol e itraconazol, porém susceptibilidade ao fluconazol. Com relação ao<br />

cetoconazol para a espécie C. albicans foi observado que 79% dos isolados foram susceptíveis,<br />

diferindo dos nossos resultados que revelaram 100% de susceptibilidade para os 51 isolados de<br />

C. albicans do grupo de não <strong>gestantes</strong> testados pelas metodologias do Etest e CLSI. Em relação<br />

às espécies C. tropicalis, C. parapsilosis e C. krusei, Candido et al (1999), mostraram valores de<br />

CIM refletindo maior susceptibilidade <strong>em</strong> relação àquela detectada para C. albicans. Para estas<br />

espécies, nas <strong>pacientes</strong> não <strong>gestantes</strong>, nossos resultados suger<strong>em</strong> 100% de susceptibilidade para<br />

10 isolados de C. parapsilosis, quatro de C. tropicalis e dois de C. krusei. Já para o fluconazol,<br />

segundo dados publicados por Candido et al (1999), a espécie C. krusei apresentou valores de<br />

CIM compreendidos entre 32 a 48 µg/mL, valores considerados altos, porém não significando<br />

resistência in vitro (≥64µg/mL), <strong>em</strong> contraste com nossos achados, mostrando que dos dois<br />

isolados avaliados, um apresentou-se resistente com o <strong>em</strong>prego da metodologia do CLSI, e o<br />

outro mostrou-se susceptível dose-dependente pela metodologia do Etest, s<strong>em</strong> apresentar<br />

correlação entre ambas as metodologias.<br />

Bauters et al (2002) determinaram a prevalência da colonização vaginal por<br />

leveduras do gênero Candida utilizando como método de confirmação para identificação dos<br />

isolados a prova do tubo germinativo, micromorfologia <strong>em</strong> ágar-fubá acrescido de Tween 80, e<br />

testes de assimilação de açúcares (API20 C AUX, biomérieux Vitek). De um total de 612<br />

<strong>pacientes</strong>, leveduras foram recuperadas a partir de 123 swabs correspondendo a 20,1%. O total<br />

de <strong>pacientes</strong> foi subdividido <strong>em</strong> dois grupos, correspondendo 65 àquelas sintomáticas, das quais<br />

60% (39/65) apresentaram exames diretos (método do KOH) positivos, e 40% (26/65) exibiram<br />

resultados negativos. Leveduras foram recuperadas <strong>em</strong> 89,7% (35/39) naquelas mulheres que<br />

apresentaram sintomas de vulvovaginite. Das 547 <strong>pacientes</strong> assintomáticas, foi d<strong>em</strong>onstrada a

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