23.06.2014 Views

Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Introdução 7<br />

dessas espécies, associa-se aos processos patológicos humanos, representando grande interesse<br />

<strong>em</strong> clínica médica (Odds, 1988a). Do ponto de vista clínico, C. albicans é a principal espécie do<br />

gênero, associada à maioria das manifestações patológicas causadas por essas leveduras (Lacaz<br />

et al., 2002). Pelo fato dessa espécie fazer parte da microbiota humana normal, a doença<br />

apresenta um evidente caráter oportunista (Kwon-Chung & Bennett, 1992). Além dessa espécie,<br />

são reconhecidas outras com potencial patogênico: C. tropicalis, C. parapsilosis, C. krusei, C.<br />

glabrata, C. guilliermondii, C. pseudotropicalis (ou C. kefyr), C. lusitaniae e C. rugosa.<br />

Sulivan et al. (1993; 1995), descreveram uma espécie do gênero Candida atípica,<br />

isolada da cavidade oral de <strong>pacientes</strong> HIV sorotipos e portadores de SIDA; esta espécie foi<br />

denominada C. dubliniensis.<br />

Independente do potencial patogênico de diferentes espécies do gênero Candida, é<br />

observado que as doenças determinadas por essas leveduras se constitu<strong>em</strong> <strong>em</strong> quadros<br />

infecciosos essencialmente oportunistas, ocorrendo s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> associações com alguma<br />

condição mórbida subjacente. Uma série de fatores predisponentes v<strong>em</strong> sendo associada à<br />

ocorrência das candidíases, podendo ser agrupados àqueles inerentes ao hospedeiro e, por outro,<br />

naqueles extrínsecos, ou referentes aos procedimentos médicos iatrogênicos (Odds, 1988a;<br />

Rippon, 1988; Kwon-Chung & Bennet, 1992; Lacaz et al., 2002a).<br />

Quando há ruptura do equilíbrio, local ou imunológico, leveduras do gênero Candida<br />

passam do estado saprofítico para o patogênico, podendo formar pseudo-hifas, invadir tecidos e<br />

provocar candidíase, ocasionando sintomas indesejáveis (Fidel, 2002).<br />

As candidíases pod<strong>em</strong> acometer todos os tecidos do hospedeiro humano,<br />

ocasionando uma diversidade de quadros clínicos, tanto no que se refer<strong>em</strong> à localização,<br />

podendo ser superficiais, profundas, localizadas ou diss<strong>em</strong>inadas, quanto ao modo de evolução<br />

(agudo, subagudo, crônico ou episódico) e gravidade da doença, apresentando-se como infecções<br />

leves e benignas até graves ou mesmo fatais. Geralmente estão associadas, e progrid<strong>em</strong> de<br />

acordo com o grau de acometimento do hospedeiro (Odds, 1988a; Rippon, 1988).<br />

2.2. Candidíase <strong>vulvovaginal</strong><br />

A maioria das mulheres apresenta pelo menos um episódio de CVV ao longo de sua<br />

vida. Outras, porém, apresentam pelo menos três episódios infecciosos <strong>em</strong> um ano. Entretanto,<br />

5% das mulheres apresentam candidíase <strong>vulvovaginal</strong> recorrente (CVVR), isto é, quando ocorre

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!