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Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

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Discussão 77<br />

Segundo Espinel-Ingroff (1992), os testes de susceptibilidade com agentes<br />

antifúngicos, <strong>em</strong> geral e especialmente, com os azólicos para as leveduras são largamente<br />

influenciados pela composição do meio, t<strong>em</strong>po de incubação e tamanho do inóculo.<br />

É consenso na literatura que os métodos de referência aprovados pelo CLSI<br />

apresentam dificuldades técnicas quanto a sua realização <strong>em</strong> laboratórios de rotina, devidos a<br />

peculiaridades metodológicas. Entretanto, métodos comercialmente disponíveis tais como o<br />

Etest, dentre outros, têm exibido boa correlação com aqueles considerados referência (Ballesté et<br />

al, 2006).<br />

Vários trabalhos publicados têm <strong>em</strong>pregado testes de susceptibilidade in vitro a<br />

drogas antifúngicas e leveduras do gênero Candida isoladas de quadros de vulvovaginite<br />

primários ou recidivantes. Assim sendo, Czaika et al (2000) obtiveram 55 isolados a partir de 40<br />

<strong>pacientes</strong>, apresentando candidíase recidivante crônica. A espécie C. glabrata foi a mais<br />

prevalente, e os valores médios de CIM foram iguais a 32 µg/mL para o fluconazol, 1µg/mL para<br />

o itraconazol, 1µg/mL para o cetoconazol, 0,5µg/mL para a anfotericina B, 0,03µg/mL para o<br />

voriconazol, 128µg/mL para a terbinafina, 4µg/mL para a ciclopiroxolamina, 0.03µg/mL para a<br />

5-fluorocitosina. De acordo com os valores obtidos, os autores inferiram que a terapia<br />

preconizada com baixas doses de fluconazol é s<strong>em</strong>pre ineficaz na candidíase vaginal recorrente,<br />

e induz resistência secundária. Por outro lado, <strong>em</strong> relação às outras drogas avaliadas, foi<br />

observada elevada susceptibilidade, especialmente para o voriconazol, anfotericina B e 5-<br />

fluorocitosina considerando a espécie C. glabrata. Em nosso estudo, foram identificados nas<br />

<strong>pacientes</strong> não <strong>gestantes</strong>, três isolados como C. glabrata, e nas <strong>gestantes</strong> apenas dois. O perfil de<br />

susceptibilidade verificado <strong>em</strong> nosso trabalho para as drogas avaliadas (cetoconazol, fluconazol,<br />

itraconazol e anfotericina B) revela susceptibilidade dos isolados às drogas testadas obtido a<br />

partir da utilização de metodologia de referência (microdiluição <strong>em</strong> placa – CLSI). Ainda, <strong>em</strong><br />

relação à espécie C. glabrata, a partir do <strong>em</strong>prego do Etest, observou-se da mesma forma,<br />

elevada susceptibilidade in vitro às drogas testadas. Para os isolados, obtidos a partir de<br />

<strong>pacientes</strong> <strong>gestantes</strong>, foi observada também elevada susceptibilidade in vitro pelas duas<br />

metodologias <strong>em</strong>pregadas (CLSI e Etest).<br />

Andreu et al (2001) determinaram a prevalência de espécies <strong>em</strong> 68 isolados de<br />

leveduras do gênero Candida e as concentrações inibitórias mínimas <strong>em</strong>pregando a nistatina,<br />

uma das drogas mais <strong>em</strong>pregadas no tratamento da candidíase <strong>vulvovaginal</strong>. A partir dos dados<br />

obtidos, eles inferiram que os valores baixos de CIM reflet<strong>em</strong> que o fracasso terapêutico pode<br />

não ser inerente a <strong>em</strong>ergência de cepas resistentes. Candida albicans representou 75% do total<br />

das espécies identificadas, seguida de C. parapsilosis, C. krusei, e C. glabrata. Consideramos

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