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Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

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Relevância e Justificativa 3<br />

de C. albicans sensível. Porém, a candidíase <strong>vulvovaginal</strong> recorrente, é assim considerada pela<br />

gravidade, recorrência, acometimento <strong>em</strong> uma hospedeira imunologicamente comprometida ou<br />

ser causada por uma espécie menos sensível, por ex<strong>em</strong>plo, aquelas não-albicans (Sobel et al.,<br />

1998a).<br />

Ao desencadear da infecção, alguns fatores predisponentes são apontados como<br />

contribuições significativas, dentre eles pod<strong>em</strong> ser citados: gravidez, uso de anticoncepcionais,<br />

terapêutica com corticosteróides, antibioticoterapia, higiene pessoal deficiente, distúrbios<br />

endócrinos, roupas íntimas sintéticas, relações sexuais, agentes sensibilizantes da pele. Pod<strong>em</strong><br />

ainda ser citadas como fontes de re-infecção: parceiros masculinos, pele dos genitais, artigos de<br />

uso pessoal e trato gastrointestinal (Ziarrusta, 2002).<br />

A candidíase <strong>vulvovaginal</strong> (CVV) é a segunda causa mais freqüente de<br />

vulvovaginite. Estima-se que 75 % das mulheres terão um episódio de CVV ao longo de suas<br />

vidas, sendo que 40% a 50% destas teriam a segunda infecção e cerca de 5% poderiam adquirir<br />

padrão crônico, com episódios de repetição (Adad et al., 2001).<br />

Leveduras do gênero Candida são responsáveis por 15% a 25% dos casos de<br />

vulvovaginites, sendo causadas por espécies que habitam as mucosas vaginal e digestiva e que<br />

cresc<strong>em</strong> <strong>em</strong> meio favorável ao seu desenvolvimento. C. albicans está presente como microbiota<br />

vaginal normal <strong>em</strong> 15% a 20% das mulheres adultas saudáveis e <strong>em</strong> 30% a 40% das grávidas.<br />

Outras espécies como C. glabrata e C. parapsilosis pod<strong>em</strong> estar presentes <strong>em</strong> proporções<br />

relativamente menores (Bauters et al., 2002).<br />

O diagnóstico da CVV deve ser b<strong>em</strong> estabelecido, com todos os critérios clínicos e<br />

exames laboratoriais adequados, para que não ocorram erros e o uso desnecessário de drogas<br />

antimicóticas. O autodiagnóstico de CVV, s<strong>em</strong> exame microscópico e/ou avaliação clínica,<br />

dificulta os estudos epid<strong>em</strong>iológicos e pode induzir resistência do microrganismo ao tratamento<br />

convencional.<br />

Ao que tange à terapêutica da CVV, os azólicos orais t<strong>em</strong> sido bastante <strong>em</strong>pregados<br />

com altas taxas de cura, e os efeitos colaterais são leves e infrequentes. Porém são contraindicados<br />

durante a gravidez. O regime de uma única dose oral com fluconazol é altamente<br />

eficaz <strong>em</strong> casos não complicados. As drogas antimicóticas tópicas ating<strong>em</strong> <strong>em</strong> média 80% de<br />

cura. Para os casos recorrentes, recomenda-se terapia antifúngica oral mantida por seis meses.<br />

Em vários estados brasileiros têm sido registrados dados referentes ao perfil<br />

epid<strong>em</strong>iológico das espécies de leveduras isoladas, a partir de espécimens clínicos (secreções<br />

vaginais) provenientes de <strong>pacientes</strong> acometidas por quadros de candidíase <strong>vulvovaginal</strong>. Há

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