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Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

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Introdução 24<br />

2.7. Resistência a drogas antifúngicas<br />

Infecções fúngicas causadas por patógenos leveduriformes comuns e <strong>em</strong>ergentes têm<br />

se tornado cada vez mais freqüentes, particularmente como resultado do aumento do número de<br />

<strong>pacientes</strong> imunocomprometidos. A introdução dos azólicos promoveu maiores opções<br />

terapêuticas, incluindo o uso prolongado de altas dosagens, o que ocasionou a <strong>em</strong>ergência de<br />

resistência à terapia antifúngica (Espinel-Ingroff et al., 1998).<br />

Ao se conceituar susceptibilidade e resistência deve-se considerar dois pontos de<br />

vista, o microbiológico e o clínico. Do ponto de vista microbiológico, uma amostra é resistente a<br />

um antifúngico quando sua concentração inibitória mínima (CIM) é elevada <strong>em</strong> relação à CIM<br />

habitual para a espécie. Clinicamente, deve-se considerar que amostras resistentes<br />

microbiologicamente pod<strong>em</strong> responder perfeitamente ao tratamento, pois a concentração da<br />

droga no local da infecção pode ser maior que a CIM do microorganismo. Um fungo é resistente<br />

clinicamente quando continua crescendo e produzindo sintomatologia apesar da concentração do<br />

fármaco ser máxima no local da infecção (Rodriguez-Tudella et al., 2003).<br />

Há vários mecanismos pelos quais a célula fúngica torna-se resistente aos azólicos:<br />

alterações da entrada da droga na célula fúngica, alterações no processamento intracelular,<br />

modificações na degradação do fármaco, alterações das enzimas que participam do mecanismo<br />

de ação das drogas, mutações, alterações de enzimas que participam do processo de biossíntese<br />

do ergosterol e alterações nas bombas de efluxo (Rodriguez-Tudella et al., 2003). Sanglard et al.<br />

(1997) identificaram genes envolvidos no sist<strong>em</strong>a de efluxo <strong>em</strong> C. albicans e d<strong>em</strong>onstraram que<br />

eles pod<strong>em</strong> conferir resistência ao fluconazol, outros azólicos e uma variedade de outros<br />

compostos.<br />

2.8. Testes de susceptibilidade às drogas antifúngicas<br />

Ao contrário dos testes de susceptibilidade a antibacterianos, os testes de<br />

susceptibilidade a antifúngicos não são comumente realizados na maioria dos laboratórios<br />

clínicos. Há uma década, testes de susceptibilidade a antifúngicos eram ocasionalmente<br />

executados e não havia cuidados no seu desenvolvimento e na padronização. Este fato é<br />

inaceitável e atribuído a testes intra e interlaboratoriais apresentando resultados com baixas<br />

reprodutibilidade e concordância (Perea & Patterson, 1999).

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