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Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

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Introdução 8<br />

quatro ou mais episódios <strong>em</strong> um ano. As recidivas são um desafio para os ginecologistas e<br />

alteram a qualidade de vida das mulheres (Hurley, 1981).<br />

Candidíase <strong>vulvovaginal</strong> é um probl<strong>em</strong>a universal que afeta um número significativo<br />

de mulheres <strong>em</strong> todo o mundo. Esse tipo de infecção fúngica cria um desconforto na mulher<br />

muito grande, que pode comprometer a relação sexual e afetiva, devido às dificuldades de<br />

tratamento e o desconforto que elas sofr<strong>em</strong> (Kent, 1991).<br />

A infecção micótica <strong>vulvovaginal</strong> foi descrita pela primeira vez por JS Wilkinson <strong>em</strong><br />

1949, o qual estabeleceu uma relação entre a existência de fungos na vagina e o aparecimento de<br />

uma vaginite. A partir deste momento os conhecimentos foram evoluindo progressivamente.<br />

Atualmente vulvovaginite micótica é causada por fungos leveduriformes e a maior parte por<br />

espécies pertencentes ao gênero Candida (Ziarrusta, 2002).<br />

Peria (2003) verificou a presença de outros gêneros e espécies de leveduras, além de<br />

alga aclorofilada associadas à vulvoganinites, identificando C. albicans, C. glabrata, C.<br />

parapsilosis, C. tropicalis, encontrou também, C. famata, C. kefyr, C. vinaria, C. guilliermondii,<br />

Trichosporon asahii, T. inkin, Prototheca wickerhamii, Saccharomyces cerevisiae e Rhodotorula<br />

mucilaginosa, <strong>em</strong> estudo realizado com 300 mulheres.<br />

2.2.1. Microbiologia / Fisiopatologia / Mecanismos defensivos<br />

São conhecidas mais de 200 espécies de leveduras do gênero Candida, sendo que<br />

apenas um pequeno número afeta o hom<strong>em</strong> com caráter patogênico. C. albicans é muito comum<br />

e freqüent<strong>em</strong>ente, é a espécie mais detectada <strong>em</strong> ginecologia (80 a 90% dos casos) (Sobel,<br />

1996). C. glabrata é encontrada <strong>em</strong> 5 a 15% dos casos de candidíase <strong>vulvovaginal</strong>. Outras<br />

espécies detectadas <strong>em</strong> infecções ginecológicas são: C. tropicalis, C. krusei, C. pseudotropicalis<br />

e C. parapsilosis. Neste sentido, nos últimos anos t<strong>em</strong> sido relacionado o aumento de outras<br />

espécies de leveduras do gênero Candida a uma maior taxa de recorrência de episódios de<br />

vulvovaginites (Ziarrusta, 2002).<br />

O trato genital f<strong>em</strong>inino apresenta um complicado biótipo microbiológico e as<br />

leveduras pod<strong>em</strong> estar presentes na vagina com a ausência de sintomas clínicos sendo que as<br />

mulheres pod<strong>em</strong> tornar–se colonizadas por diversos motivos, permanecendo por um longo<br />

período de suas vidas com esses microrganismos (Mendling et al. 2000).<br />

Leveduras do gênero Candida são fungos oportunistas que pod<strong>em</strong> ser encontrados<br />

<strong>em</strong> dois diferentes estados. Os esporos (blastosporos) constitu<strong>em</strong> o fenótipo para extensão,

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