23.06.2014 Views

Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Introdução 14<br />

Odds & Bernaerts (1994) analisaram o meio de cultura cromogênico, CHROMagar<br />

Candida, para isolamento e diagnóstico diferencial de leveduras do gênero Candida <strong>em</strong> amostras<br />

clínicas.<br />

2.4. Diagnostico diferencial<br />

Em se tratando de corrimento vaginal, o diagnóstico diferencial de candidíase<br />

<strong>vulvovaginal</strong> se faz necessário, com outras etiologias, pois implicará <strong>em</strong> diferentes tratamentos.<br />

O corrimento vaginal é uma das preocupações mais freqüentes entre as mulheres,<br />

principalmente, nas que estão <strong>em</strong> idade reprodutiva (Ferracin & Oliveira, 2005).<br />

A secreção vaginal é uma resposta fisiológica do organismo f<strong>em</strong>inino. Quando não<br />

existe processo patológico envolvido, o fluxo vaginal apresenta-se de cor clara ou branca, sendo<br />

composta de líquidos cervicais, podendo variar na quantidade e no aspecto, dependendo do<br />

período do ciclo menstrual. No entanto, quando algum processo infeccioso ou inflamatório<br />

encontra-se presente, as características da secreção modificam-se, caracterizando o corrimento<br />

vaginal (Shimp, 2002; Bates, 2003).<br />

Observar a história da paciente como: início do corrimento, fase do ciclo menstrual,<br />

duração, cor, odor, história sexual ou uso concomitante de medicamentos, pode auxiliar no<br />

reconhecimento da causa e no tratamento adequado do corrimento vaginal. As causas que pod<strong>em</strong><br />

contribuir para a ocorrência de corrimento vaginal são: infecções sexualmente transmitidas<br />

(clamídia, gonorréia, tricomoníase, herpes simples), outras infecções (candidíase, vaginose<br />

bacteriana), causas comumente associadas às condições predisponentes (gravidez, iatrogenia,<br />

diabetes, câncer e condições dermatológicas) e por alterações fisiológicas (vaginite atrófica)<br />

(Ferracin & Oliveira, 2005, Moreira & Paula, 2006).<br />

Os patógenos mais freqüentes associados às vaginites, ao lado de leveduras do<br />

gênero Candida, são: bactérias, principalmente Gardnerella vaginalis e o protozoário flagelado<br />

Trichomonas vaginalis (Pray, 2001). Das infecções sexualmente transmissíveis, a infecção por<br />

Chlamydia trachomatis é a mais comum. A clamídia é um parasita intracelular que infecta o<br />

epitélio do canal endocervical e a uretra (Bates, 2003). Cerca de 80% das <strong>pacientes</strong> infectadas<br />

por clamídia são assintomáticas (“Centers for Disease Control and Prevention”, 2002), porém se<br />

os sintomas exist<strong>em</strong>, se manifestarão de uma a três s<strong>em</strong>anas após a infecção, como um<br />

corrimento vaginal purulento, sangramento pós-coital ou inter-menstrual, dor abdominal baixa e<br />

dispareunia (Bates, 2003).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!