23.06.2014 Views

Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Relevância e Justificativa 2<br />

Candidíases são infecções fúngicas predominant<strong>em</strong>entes endógenas e de caráter<br />

oportunista, envolvendo leveduras pertencentes ao gênero Candida, que compreende<br />

aproximadamente 163 espécies, sendo apenas um número reduzido dessas, comprovadamente<br />

associadas a processos patológicos humanos, devendo-se destacar: C. albicans, C. tropicalis, C.<br />

parapsilosis, C. glabrata, C. krusei, C. kefyr, C. lusitaniae, C. rugosa, C. guilliermondii e C.<br />

dubliniensis (Kwon-Chung & Bennet, 1992; Kurtzman & Fell, 1998; Lacaz et al., 2002a).<br />

Distúrbios na defesa imune celular, alterações fisiológicas ou patológicas e<br />

desequilíbrios na microbiota normal, pod<strong>em</strong> levar ao desenvolvimento das candidíases. A<br />

gravidade da doença dependerá mais diretamente do grau de alteração do hospedeiro do que do<br />

potencial patogênico dessas leveduras. Em função do caráter predominant<strong>em</strong>ente endógeno, da<br />

habilidade de colonização e do oportunismo evidente dessas leveduras, as candidíases são<br />

bastante freqüentes e têm distribuição mundial (Lacaz et al., 2002a).<br />

A partir dos anos 90, o fenômeno de resistência às drogas tornou-se um probl<strong>em</strong>a<br />

mais agudo associado a vários tipos de infecções, destacando-se aquelas relacionadas ao Human<br />

Imunnedeficiency Vírus (HIV), à tuberculose, além daquelas referentes às bactérias da<br />

microbiota humana normal, que são responsáveis por quadros graves de infecções hospitalares.<br />

Concomitant<strong>em</strong>ente, têm-se observado a <strong>em</strong>ergência e o aumento da ocorrência das infecções<br />

fúngicas, resultantes de alterações no sist<strong>em</strong>a imune associadas à epid<strong>em</strong>ia da síndrome da<br />

imunodeficiência adquirida (SIDA), tratamentos oncológicos através de quimioterapia e/ou<br />

radioterapia, transplantes de órgãos, além do uso abusivo e indiscriminado de antimicrobianos,<br />

que são responsáveis pela alteração da microbiota autoctone e favorecedores do aumento do<br />

número de microrganismos resistentes, tornando-se cada vez mais difícil o tratamento destas<br />

infecções (Cuenca-Estrela & Rodriguez-Tudella, 2002).<br />

O aumento da ocorrência das infecções fúngicas t<strong>em</strong> evidenciado a necessidade do<br />

desenvolvimento de novas drogas antimicóticas. Atualmente são utilizados nas condutas<br />

terapêuticas basicamente dois grupos de antifúngicos: o grupo dos poliênicos e dos azóis que,<br />

apesar de ser<strong>em</strong> drogas de eficácia comprovada, apresentam vários probl<strong>em</strong>as associados ao seu<br />

uso, podendo-se destacar os efeitos colaterais, a ineficiência de alguns desses agentes frente às<br />

espécies <strong>em</strong>ergentes e, principalmente, à detecção de várias amostras resistentes aos principais<br />

antifúngicos disponíveis.<br />

Considerando a candidíase <strong>vulvovaginal</strong>, o CDC (Center of Disease Control) divide<br />

esta infecção fúngica <strong>em</strong> duas categorias: simples e recorrente. A simples t<strong>em</strong> gravidade leve à<br />

moderada, episódios esporádicos, não recorrentes, <strong>em</strong> uma hospedeira normal com uma espécie

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!