23.06.2014 Views

Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

Luciana Basili Dias Candidíase vulvovaginal em pacientes gestantes

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Introdução 11<br />

2.2.2. Formas de apresentação<br />

Segundo a forma de apresentação, a candidíase é classificada como: não complicada<br />

(candidíase <strong>vulvovaginal</strong> esporádica, candidíase <strong>vulvovaginal</strong> de grau leve a moderado,<br />

candidíase frequent<strong>em</strong>ente associada à C. albicans e candidíase na ausência de gravidez) e<br />

complicada (candidíase <strong>vulvovaginal</strong> recorrente, candidíase <strong>vulvovaginal</strong> severa, candidíase nãoalbicans<br />

e alterações do hospedeiro – diabetes, imunodepressão e gravidez) (Sobel et al., 1998a).<br />

No que diz respeito à candidíase <strong>vulvovaginal</strong> recorrente é definida como infecção<br />

por leveduras do gênero Candida caracterizada por quatro ou mais episódios <strong>em</strong> um período de<br />

12 meses (Val & Almeida Filho, 2001).<br />

Existe consenso sobre a necessidade de se determinar o fato a que se deve essa<br />

recorrência, e por qual motivo, a levedura persiste na vagina causando infecções (Millon et al,<br />

1994).<br />

Duas hipóteses foram formuladas para explicar os episódios de candidíase<br />

<strong>vulvovaginal</strong> recorrente. Por um lado pode ocorrer a reinfecção a partir de outros sist<strong>em</strong>as<br />

orgânicos (sist<strong>em</strong>a digestivo, trato urinário, etc) ou por contaminação sexual (Sobel, 1985;<br />

Lanchares & Hernández, 2000). Por conseguinte, a recorrência ou recidiva pode ser devido à<br />

hipótese de diferentes biotipos de cepas detectadas <strong>em</strong> sucessivos episódios. A ausência de uma<br />

completa erradicação por um tratamento inadequado ou por existência de cepas resistentes pode<br />

ocasionar <strong>em</strong> falha terapêutica, ocasionando recidiva (Ziarrusta, 2002).<br />

A maioria das infecções por C. albicans são de orig<strong>em</strong> endógena decorrentes da<br />

proliferação ou da mudança de sítio da levedura, induzidos por alguns fatores predisponentes do<br />

hospedeiro ou do parasita, mas também pode existir a possibilidade de ocorrer<strong>em</strong> infecções<br />

exógenas (Ferrer, 2000).<br />

Diferentes fatores têm sido observados <strong>em</strong> ambas as hipóteses, incluindo aqueles<br />

referentes ao agente infeccioso e ao hospedeiro. Reinfecção através de fonte digestiva<br />

(contaminação anal) e fonte sexual (contaminação através do parceiro) podendo ser consideradas<br />

infecções causadas pela mesma cepa. Quadros recidivantes geralmente causados por espécies<br />

não albicans, pod<strong>em</strong> estar associados à virulência das cepas gerando resistência aos antifúngicos.<br />

As recidivas também pod<strong>em</strong> estar relacionadas ao hospedeiro, através de causas imunológicas<br />

como baixa da imunidade humoral e celular ou não imunológicas como alteração da microbiota<br />

vaginal e aumento dos níveis de estrogênios (Ziarrusta, 2002).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!