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game of trohnes!

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201<br />

Q<br />

BRAN<br />

ualquer coisa no modo como o corvo gritou pôs um arrepio a percorrer a<br />

espinha de Bran. Sou quase um homem feito, teve de lembrar a si próprio.<br />

Agora tenho de ser corajoso.<br />

Mas o ar estava penetrante e frio e cheio de medo. Mesmo Verão estava<br />

com medo. O pelo no seu pescoço estava eriçado. Sombras estendiam-se contra a<br />

vertente da colina, negras e esfomeadas. Todas as árvores estavam dobradas e<br />

torcidas pelo peso do gelo que suportavam. Algumas quase nem pareciam<br />

árvores. Enterradas das raízes às copas em neve congelada, aninhavam-se na<br />

colina como gigantes, criaturas monstruosas e deformadas, enroladas sobre si<br />

próprias contra o vento gélido.<br />

— Eles estão aqui. — O patrulheiro puxou pela espada.<br />

— Onde? — a voz de Meera soou murmurada.<br />

— Perto. Não sei. Em algum lugar.<br />

O corvo voltou a guinchar.<br />

— Hodor — murmurou Hodor. Tinha as mãos enfiadas nos sovacos.<br />

Pingentes pendiam-lhe das raízes castanhas da barba e o seu bigode era um torrão<br />

de ranho congelado, reluzindo, vermelho, à luz do pôr-do-sol.<br />

— Os lobos também estão próximos — avisou Bran. — Aqueles que têm<br />

nos seguido. Verão consegue cheirá-los sempre que o vento sopra na nossa<br />

direção.<br />

— Lobos são o menor dos nossos problemas — disse Mãos-Frias. —<br />

Temos de subir. Ficará escuro em breve. Faremos bem em estar lá dentro antes<br />

de a noite chegar. O calor de vocês irá atraí-los. — Deu um relance para oeste,<br />

onde a luz do sol poente podia ser vista de uma forma pouco nítida através das<br />

árvores, como se fosse o brilho de uma fogueira distante.<br />

— Esta é a única entrada? — perguntou Meera.<br />

— A entrada de trás fica três léguas para norte, num poço natural.<br />

Era tudo o que precisava dizer. Nem mesmo Hodor podia descer a um<br />

poço com Bran pesando em suas costas, e Jojen não seria mais capaz de<br />

caminhar três léguas do que de correr mil.<br />

Meera examinou a colina por cima de si.<br />

— O caminho parece livre.<br />

— Parece — resmungou sombriamente o patrulheiro. — Sente o frio? Há<br />

qualquer coisa aqui. Onde estão eles?<br />

— Dentro da gruta?-— sugeriu Meera.<br />

— A gruta está protegida. Eles não podem passar. — O patrulheiro usou<br />

a espada para apontar. — Pode ver a entrada ali. A meio caminho do cume, entre<br />

os represeiros, aquela fenda na rocha.

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