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game of trohnes!

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503<br />

— Homens seus — ecoou Fedor. Pareceu-lhe que se esperava dele<br />

algum comentário, mas não soube o que dizer.<br />

— O meu bastardo alguma vez vos contou como o arranjei?<br />

— Isso ele sabia, para seu alívio.<br />

— Sim, se... senhor. Encontrou a mãe dele enquanto passeava a cavalo<br />

e ficou encantado pela sua beleza.<br />

— Encantado? — Bolton riu. — Ele usou essa palavra? Ora, o rapaz<br />

tem uma alma de cantor... se bem que se você acredita nessa canção pode bem<br />

ser ainda mais obtuso do que o primeiro Fedor. Até a parte do passeio está<br />

errada. Andava caçando uma raposa ao longo das Águas Chorosas quando<br />

encontrei um moinho e vi uma jovem lavando roupa no ribeiro. O velho moleiro<br />

tinha arranjado uma mulher nova, uma menina que não tinha nem metade da<br />

idade dele. Era uma criatura alta e esbelta, com um ar muito saudável. Pernas<br />

compridas e seios pequenos e firmes, como duas ameixas maduras. Bonita, de<br />

uma forma comum. No momento em que pus os olhos nela, desejei-a. Era o meu<br />

direito. Os meistres dirão que o Rei Jaehaerys aboliu o direito do senhor à<br />

primeira noite para aplacar a rabugenta da sua rainha, mas onde os deuses antigos<br />

dominam, os velhos costumes resistem. Os Umber também mantém a primeira<br />

noite, por mais que possam negar. Alguns dos clãs das montanhas também, e em<br />

Skagos... bem, só as árvores coração veem metade do que eles fazem em Skagos.<br />

Este casamento do moleiro tinha sido levado a cabo sem a minha<br />

licença e conhecimento. O homem tinha-me aldrabado. Portanto, mandei<br />

enforcá-lo, e reclamei os meus direitos à sombra da árvore de onde ele balançava.<br />

Em boa verdade, a mulher mal valia a corda. A raposa também escapou e, no<br />

caminho de regresso ao Forte do Pavor, o meu corcel preferido ficou coxo,<br />

portanto, tudo somado, o dia foi horrível.<br />

Um ano mais tarde, a mesma mulher teve o desplante de aparecer no<br />

Forte do Pavor com um monstro de cara vermelha que não parava de guinchar e<br />

que ela afirmava ser de minha descendência. Devia ter mandado chicotear a mãe<br />

e atirado o filho a um poço... mas o bebê tinha os meus olhos. Ela disse-me que<br />

quando o irmão do marido morto viu esses olhos baseu-lhe até fazer sangue e<br />

correu com ela do moinho. Isso me aborreceu, então dei-lhe o moinho e mandei<br />

cortar a língua do irmão, para me assegurar de que não correria para Winterfell<br />

com histórias que pudessem perturbar o Lorde Rickard. Todos os anos enviei à<br />

mulher uns leitões, umas galinhas e um saco de estrelas, com a condição de ela

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