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game of trohnes!

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228<br />

manchadas pelo sal para esconder os dedos da mão que Stannis encurtou tantos<br />

anos antes. Davos quase nem parecia um lorde, muito menos a Mão de um rei. E<br />

ainda bem que era assim, até saber em que pé as coisas estavam ali.<br />

Abriu caminho ao longo do pontão e pelo meio do mercado de peixe. O<br />

Bravo Magísteres estava embarcando hidromel. Pilhas com quatro barris de<br />

altura distribuíam-se pelo cais. Atrás de uma pilha viu três marinheiros jogando<br />

dados. Mais à frente, as peixeiras divulgavam a colheita do dia, e um rapaz<br />

estava batendo um ritmo num tambor enquanto um velho urso com um ar<br />

miserável dançava em círculo para um anel de corredores do rio. Dois lanceiros<br />

tinham sido colocados no Portão das Focas, com o símbolo da Casa Manderly no<br />

peito, mas estavam muito concentrados em namoriscar com uma rameira das<br />

docas para prestar qualquer atenção a Davos. O portão estava aberto, com a porta<br />

levadiça erguida. Juntou-se ao tráfego que o atravessava.<br />

Lá dentro ficava uma praça empedrada com um fontanário no centro.<br />

Um tritão de pedra erguia-se das suas águas, com seis metros de altura da cauda à<br />

coroa. A sua barba encaracolada estava verde e branca de líquens, e um dos<br />

dentes do tridente partira-se antes de Davos nascer, mas mesmo assim ainda<br />

conseguia impressionar. Os indígenas o chamavam de Velho Pés-de-Peixe. A<br />

praça tinha o nome de um lorde morto qualquer, mas nunca ninguém a chamava<br />

de coisa que não fosse Praça do Pés-de-Peixe.<br />

A praça estava cheia de gente naquela tarde. Uma mulher lavava a<br />

roupa de baixo no fontanário do Pés-de-Peixe, e a pendurava no tridente para<br />

secar. Sob os arcos da coluna dos vendedores ambulantes, os escribas e os<br />

cambistas tinham se instalado para o negócio, juntamente com um feiticeiro<br />

andante, uma ervanária e um malabarista muito ruim. Um homem vendia maçãs<br />

que trazia num carrinho de mão e uma mulher oferecia arenques com rodelas de<br />

cebola. Tropeçava em galinhas e crianças por todo o lado. As enormes portas de<br />

carvalho e ferro da Velha Casa da Moeda tinham estado sempre fechadas quando<br />

Davos estivera na Praça do Pés-de-Peixe, mas hoje encontravam-se abertas. Lá<br />

dentro vislumbrou centenas de mulheres, crianças e velhos, aglomerados no chão<br />

sobre pilhas de peles. Alguns tinham ardendo pequenas fogueiras para cozinhar.<br />

Davos parou sob a coluna e trocou meio dinheiro por uma maçã.<br />

— Há gente vivendo na Velha Casa da Moeda? — perguntou ao vendedor.<br />

— Os que não têm outro lugar para viver. A maior parte é de plebeus<br />

vindos da Faca Branca. Gente dos Hornwood também. Com aquele Bastardo do

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