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game of trohnes!

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297<br />

brinquedos abandonados de um deus qualquer, rachados e se desfazendo,<br />

manchados de líquens. A chuva da noite anterior deixarou as enormes pedras<br />

úmidas e reluzindo, e o sol da manhã fazia com que parecessem estar revestidas<br />

de um óleo fino e negro.<br />

Mais adiante erguiam-se as torres.<br />

A Torre do Bêbado inclinava-se como se estivesse prestes a ruir, como<br />

fazia há meio milhar de anos. A Torre dos Filhos projetava-se para o céu à direita<br />

como uma lança, mas o seu topo estilhaçado estava aberto ao vento e à chuva. A<br />

Torre do Portão, atarracada e larga, era a maior das três, escorregadia de musgo,<br />

com uma árvore nodosa crescendo de lado nas pedras do seu lado norte, com<br />

fragmentos de muralha quebrada ainda erguendo-se a leste e a oeste. Os Karstark<br />

ocuparam a Torre do Bêbado e os Umber a Torre dos Filhos, recordou. Robb<br />

exigiu a Torre do Portão para os seus.<br />

Se fechasse os olhos, podia ver os estandartes no seu olho da mente,<br />

esvoaçando corajosamente num vento fresco do norte. Agora desapareceram<br />

todos, caíram todos. O vento na sua cara soprava do sul, e os únicos estandartes<br />

que voavam sobre os restos de Fosso Cailin mostravam uma lula gigante dourada<br />

em campo negro.<br />

Estava sendo observado. Conseguia sentir os olhos. Quando olhou para<br />

cima, obteve um vislumbre de caras pálidas espreitando de trás das ameias da<br />

Torre do Portão e por entre as pedras quebradas que coroavam a Torre dos<br />

Filhos, onde a lenda afirmava que os filhos da floresta tinham em tempos<br />

chamado o martelo das águas para quebrar as terras de Westeros em duas.<br />

A única estrada seca que atravessava o Gargalo era o talude, e as torres<br />

de Fosso Cailin fechavam a sua extremidade norte como uma rolha numa garrafa.<br />

A estrada era estreita, e as ruínas estavam posicionadas de tal modo que qualquer<br />

inimigo que viesse do sul tinha que passar por baixo e entre elas. Para assaltar<br />

qualquer uma das três torres, um atacante tinha de expor a retaguarda a setas<br />

vindas das outras duas, enquanto trepava úmidas paredes de pedra engrinaldadas<br />

com flâmulas de viscosa e branca pele de fantasma. O terreno pantanoso fora do<br />

talude era impossível de atravessar, um atoleiro infinito cheio de remansos, areias<br />

movediças e reluzentes relvados verdes que pareciam sólidos ao olho descuidado,<br />

mas se transformavam em água no instante em que eram pisados, tudo isso<br />

infestado de serpentes e flores venenosas e monstruosos lagartos-leões cujos<br />

dentes eram como punhais. Igualmente perigosa era a sua gente, raramente vista,<br />

mas sempre à espreita, os habitantes dos pântanos, os comedores de rãs, os

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