10.09.2014 Views

o_191f1ugab113s7s4137h10nh1q13a.pdf

game of trohnes!

game of trohnes!

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

— Disse para não fazermos fogo — fez lembrar ao patrulheiro.<br />

— As paredes que nos rodeiam escondem a luz, e a aurora está<br />

próxima. Depressa estaremos a caminho.<br />

— O que aconteceu aos homens? Os inimigos que nos seguiam?<br />

— Não nos irão causar problemas.<br />

— Quem eram, selvagens?<br />

Meera virou a carne para cozinhar o outro lado. Hodor estava<br />

mastigando e engolindo, murmurando, feliz, em surdina. Só Jojen parecia<br />

consciente do que estava acontecendo quando Mãos-Frias virou a cabeça para<br />

fitar Bran.<br />

— Eram inimigos.<br />

Homens da Patrulha da Noite.<br />

— Você os matou. Você e os corvos. Tinham as caras todas dilaceradas<br />

e os olhos tinham desaparecido. — Mãos-Frias não o negou. — Eram seus<br />

irmãos. Eu vi. Os lobos tinham-lhes rasgado à roupa, mas ainda consegui<br />

perceber. Os mantos deles eram pretos. Como as tuas mãos. — Mãos-Frias nada<br />

disse. — Quem é você? Porque é que as tuas mãos são pretas? O patrulheiro<br />

estudou as mãos como se nunca antes tivesse reparado nelas.<br />

— Depois de o coração parar de bater, o sangue de um homem corre<br />

para as extremidades, onde espessa e congela. — A voz ressoava-lhe na garganta,<br />

tão magra e descarnada como ele. — As mãos e os pés incham-lhe e tornam-se<br />

tão pretas como farinheira. O resto dele torna-se branco comoleite.<br />

Meera Reed levantou-se, com a lança para rãs na mão, ainda com um<br />

bocado de carne fumegante empalado nos seus dentes.<br />

— Mostra-nos a tua cara. O patrulheiro não fez qualquer movimento<br />

para obedecer.<br />

— Ele está morto. — Bran sentia o sabor da bílis na garganta. —<br />

Meera, ele é uma coisa morta qualquer. A Velha Nan costumava dizer que os<br />

monstros não podem passar enquanto a Muralha permanecer em pé e os homens<br />

da Patrulha da Noite se mantiverem fiéis. Ele veio encontrar-se conosco na<br />

Muralha, mas não pôde passar. Mandou o Sam, com aquela mulçher selvagem.<br />

A mão enluvada de Meera apertou-se em volta do cabo da sua lança<br />

para rãs.<br />

— Quem foi que te enviou? Quem é esse tal corvo de três olhos?<br />

— Um amigo. Sonhador, feiticeiro, chame-o como quiser. O último<br />

vidente verde. — A porta de madeira do edifício comum abriu-se com estrondo.<br />

89

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!