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game of trohnes!

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412<br />

— Pode ser que eu só queira ver-te pagar pelos seus crimes. O assassino<br />

de parentes é maldito aos olhos dos deuses e dos homens.<br />

— Os deuses são cegos. E os homens só veem o que querem ver.<br />

— Eu vejo-te com bastante clareza, Duende. — Algo negro esgueirouse<br />

para o tom do cavaleiro. — Fiz coisas de que não me orgulho, coisas que<br />

trouxeram a vergonha à minha casa e ao nome do meu pai... mas matar o próprio<br />

pai? Como é possível que algum homem faça tal coisa?<br />

— Dê-me uma besta e baixe as calças que eu te mostro. — De bom<br />

grado.<br />

— Julga que isto é uma brincadeira?<br />

— Julgo que a vida é uma brincadeira. A sua, a minha, a de toda a<br />

gente.<br />

No interior das muralhas da cidade passaram por sedes de guildas,<br />

mercados e banhos públicos. Fontanários esparrinhavam e cantavam no centro de<br />

vastas praças, onde os homens se sentavam em mesas de pedra, movendo peças<br />

de cyvasse e bebendo vinho de copos de vidro, altos e estreitos, enquanto<br />

escravos acendiam ornamentadas lanternas para manter a escuridão afastada.<br />

Palmeiras e cedros cresciam ao longo da estrada empedrada, e monumentos<br />

erguiam-se em todas as encruzilhadas. O anão reparou que a muitas das estátuas<br />

faltavam cabeças, mas mesmo sem cabeças ainda conseguiam parecer<br />

imponentes no ocaso purpúreo.<br />

À medida que o cavalo de batalha foi caminhando para sul ao longo do<br />

rio, as lojas foram-se tornando menores e pobres, e as árvores ao longo da rua<br />

transformaram-se numa fileira de tocos. O empedrado cedeu lugar a relva sob os<br />

cascos do cavalo, e depois a lama mole e úmida da cor dos dejetos de um bebê.<br />

As pequenas pontes sobre os riachos que alimentavam o Roine rangiam de forma<br />

alarmante sob o peso deles. Onde um forte um dia dominara o rio encontrava-se<br />

agora um portão quebrado, escancarado como a boca desdentada de um velho.<br />

Vislumbravam-se cabras espreitando por cima dos baluartes.<br />

Velha Volantis, primeira filha de Valíria, matutou o anão. Orgulhosa<br />

Volantis, rainha do Roine e senhora do Mar do Verão, lar de nobres senhores e<br />

adoráveis senhoras do mais antigo dos sangues. E deixemos de lado as matilhas<br />

de crianças nuas que corriam as vielas gritando em vozes estridentes, ou os<br />

espadachins à porta das tabernas afagando os cabos das espadas, ou os escravos<br />

de costas dobradas e caras tatuadas que corriam por todo o lado como baratas.<br />

Poderosa Volantis y a mais grandiosa e populosa das Nove Cidades Livres.

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