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FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp

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1.1. C ÁLCULO DO NÚMERO DE PACIENTES POR GRUPO<br />

Existem vários métodos estatísticos (Young e Bresnitz, 1983; Altman,1980 e<br />

Alencar,1986) <strong>de</strong>stinados ao cálculo do número mínimo <strong>de</strong> pessoas que <strong>de</strong>verão<br />

compor um grupo, que permita uma interpretação correta <strong>de</strong> um achado negativo<br />

(ausência <strong>de</strong> diferença entre os grupos).<br />

Neste estudo, o cálculo do número <strong>de</strong> sujeitos foi feito utilizando-se<br />

a seguinte fórmula:<br />

n = z 2 . p (1-p) /d2<br />

on<strong>de</strong>:<br />

z = 1,96 (consi<strong>de</strong>rando 5% a probabilida<strong>de</strong> do erro do tipo I)<br />

p = 3O% (valor estimado pela literatura <strong>de</strong> "sucessos" em psicoterapia)<br />

d= 13% (erro amostra tolerado, o que implica em afirmar que o resultado do grupo<br />

Intervenção Breve só vai ser consi<strong>de</strong>rado significativamente diferente do resultado<br />

obtido com a psicoterapia <strong>de</strong> Grupo se ambos diferirem em pelo menos 13%).<br />

Desta forma o cálculo realizado foi:<br />

n = (1,96) 2 . (O,3O) . (1- O,3O) / (O,13)2<br />

Este cálculo resultou em 48 pacientes, como o número mínimo por grupo.No<br />

entanto, estimando-se uma taxa <strong>de</strong> "attrition rate" <strong>de</strong> 30% (porcentagem <strong>de</strong> pacientes<br />

cujo seguimento não po<strong>de</strong>ria ser realizado por diferentes razões) este número foi<br />

ampliado para 62 pacientes.<br />

Estes cálculos são essenciais para que seja possível a interpretação <strong>de</strong><br />

um dado negativo (ausência <strong>de</strong> diferença entre os grupos) <strong>de</strong> maneira a<strong>de</strong>quada.<br />

Muitas vezes, interpretações precipitadas <strong>de</strong> dados negativos po<strong>de</strong>m conduzir a<br />

conclusões erradas porque o número <strong>de</strong> sujeitos avaliados em cada grupo era<br />

insuficiente.<br />

A estimativa <strong>de</strong>ve ser sempre corrigida para a provável taxa <strong>de</strong><br />

perdas, cujo máximo aceitável <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 3O%. A FDA (Food and Drug<br />

Administration) dos Estados Unidos não consi<strong>de</strong>ra válidos estudos com uma taxa <strong>de</strong><br />

seguimento menor do que 7O%. Relatar resultados que se referem somente aos<br />

pacientes facilmente encontráveis po<strong>de</strong> resultar num aumento artificial da eficácia do<br />

tratamento estudado. I<strong>de</strong>almente, todos os pacientes que participaram do estudo<br />

<strong>de</strong>vem ser avaliados. Entretanto, na prática isto nem sempre é possível, por maior que<br />

seja o esforço realizado. A principal crítica feita é que a população que comparece ao<br />

seguimento po<strong>de</strong> não ser representativo da população original, o que limita as<br />

generalizações que po<strong>de</strong>riam ser feitas.<br />

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