FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp
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séricos da TGP apresentarem-se mo<strong>de</strong>stamente elevados em pacientes com doenças<br />
hepáticas <strong>de</strong> provável origem alcoólica(Salaspuro, 1989).<br />
A dosagem das ativida<strong>de</strong>s séricas da TGP é um teste laboratorial que<br />
apresenta boa sensibilida<strong>de</strong> e especificida<strong>de</strong>, quando existem danos hepatocelulares<br />
agudos (Coodley, 1971).<br />
(2) SINNIMOS: SGOT, aspartato-aminotransferase, AST.<br />
(3) SINNIMOS: SGPT, alanina-aminotransferase, ALT da TGO, os níveis<br />
séricos da TGP apresentam-se mo<strong>de</strong>stamente elevados em pacientes com<br />
doenças hepáticas <strong>de</strong> provável origem alcoólica (Salaspuro, 1989).<br />
1.2 NA AVALIAÇÃO DO SISTEMA HEMATOLÓGICO:<br />
VOLUME CORPUSCULAR MÉDIO (VCM)<br />
Outros tipos <strong>de</strong> alterações muito comuns em álcoolistas são as<br />
hematológicas. A nutrição tem um papel chave nestes casos. As anemias por<br />
<strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> ferro, ácido fólico e vitamina B12 são as que mais se <strong>de</strong>stacam.<br />
Des<strong>de</strong> 1884, estudos realizados por Gram tem mostrado que existe<br />
uma associação entre anemia macrocítica e doenças hepáticas e muitos trabalhos<br />
foram realizados para tentar esclarecer melhor essa associação (Chanarin, 1982).<br />
Em 1962, McCurdy e colab. Descreveram a existência <strong>de</strong> um efeito<br />
tóxico direto do álcool sobre a medula óssea. Em outros trabalhos, já havia sido<br />
<strong>de</strong>scrito que o álcool po<strong>de</strong>ria produzir uma <strong>de</strong>pressão da função medular,<br />
principalmente da eritropoiese, que voltava à normalida<strong>de</strong> quando da cessação do<br />
uso <strong>de</strong> álcool. Porém vários estudos <strong>de</strong>screvem uma associação entre <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong><br />
ácido fólico, dieta ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> nutrientes, presença <strong>de</strong> lesão hepática e anemia com<br />
a macrocitose observada. Embora todos estes achados estejam diretamente<br />
relacionados ação consumo <strong>de</strong> álcool, sem dúvida nenhuma, o álcool por si só um<br />
agente tóxico para a medula, capaz <strong>de</strong> induzir macrocitose, sem que haja <strong>de</strong>ficiência<br />
nutricional <strong>de</strong> folato ou vitamina B12 (McCurdy e colab., 1962; Wu e colab., 1975).<br />
O teste laboratorial utilizado para avaliar este tipo <strong>de</strong> alteração é o Volume<br />
Corpuscular Médio das Hemácias (VCM). Vários fatores fisiológicos e patológicos<br />
po<strong>de</strong>m alterar os valores normais do VCM, entre eles: ida<strong>de</strong>, sexo, diversos tipos <strong>de</strong><br />
anemias, diabetes, algumas doenças <strong>de</strong> origem circulatória e o uso do tabaco. Por isso<br />
é importante uma avaliação cuidadosa do paciente, quando da análise <strong>de</strong>sses valores<br />
hematológicos. Com a diminuição do beber excessivo, o valor do VCM ten<strong>de</strong>m a se<br />
normalizar em pouco tempo, por cessar o efeito tóxico direto do álcool sobre a<br />
medula óssea (Waters e colab, 1966).<br />
No entanto, na prática o que se tem observado, é que muitos<br />
pacientes que param <strong>de</strong> beber, apresentam valores aumentados <strong>de</strong> VCM. Isto po<strong>de</strong>ria<br />
ser explicado pelo fato <strong>de</strong> que muitos <strong>de</strong>les aumentam o uso <strong>de</strong> tabaco nesta ocasião.<br />
Como vimos, o tabaco também altera os valores do VCM, justificando este tipo <strong>de</strong><br />
observação (Monteiro, 1986).<br />
Os quatro testes laboratoriais, acima <strong>de</strong>scritos, foram utilizados na<br />
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