FORMIGONI, Maria Lucia Oliveira de Souza. A intervenção ... - Unifesp

do estudo, seguido pela assinatura de um "Termo de Consentimento de Participação",
aprovado pelo Comitê de ética da Escola Paulista de Medicina .
3. DESCRIÇÃO DA AVALIAÇÃO INICIAL
A avaliação inicial foi feita por um de três psiquiatras que
constituíram a Equipe de Triagem, atráves de uma entrevista semi-estruturada, de
maneira a obter, de modo uniforme dados relativos a:
1) identificação das características sócio-demográficas dos sujeitos;
2) história pregressa e atual do consumo de álcool e outras drogas;
3) diagnóstico e determinação do nível de gravidade da
dependência pelo DSM III-R (APA, 1987).
4) avaliação do nível de dependência pelo SADD (Raistrick et al.
1983)
5) levantamento dos problemas físicos, psíquicos, sociais e de
trabalho associados ação uso de drogas;
6) antecedentes pessoais e familiares;
7) exame psíquico;
8) exame físico.
Um sério problema, relativo as avaliações da eficácia dos
tratamentos de dependência do álcool, é o relato inadequado das características prétratamento
dos pacientes, tais como: gravidade da dependência, conexidade dos
problemas relacionados ação uso do álcool (e outras drogas), padrão de consumo e a
quantidade do uso prévio. Isto dificulta conclusões mais sólidas sobre os resultados,
especialmente naqueles em que não há grupo controle (Sãobell et al, 1987). Portanto,
nesta avaliação inicial empregaram-se alguns instrumentos padronizados, que serão
abordados de maneira sucinta a seguir.
Uma avaliação precisa da efetividade de um tratamento para usuários
de drogas depende da utilização de um instrumento capaz de captar a complexidade
do padrão de uso de múltiplas substâncias. A abordagem tradicional de reportar o uso
de drogas atráves da droga "primária", com o uso de várias outras drogas menos
utilizadas referidas apenas secundariamente. Entretanto, se o uso de várias
substâncias simultaneamente o padrão predominante do paciente, fica clara a
importância de que isto seja o aspecto central. É necessário examinar o perfil inicial,
assim como as mudanças ocorridas durante o tratamento, pois a redução no uso de
uma droga pode ser acompanhada pelo aumento de outra. Neste sentido, utilizou-se
na avaliação inicial a História do Uso de Drogas Psicoativas (Wilkinson e LeBreton,
1986) que obtém dados relativos ação padrão de uso no último ano (freqüência,
último uso, quantidade, etc.) de 10 classes de drogas, álcool, Cannabis, Alucinógenos,
Opiáceos, Sedativos / Hipnóticos, Inalantes e Solventes, Cocaína, Anfetamínicos,
outros (por exemplo: Anticolinérgicos) e Tabaco (Wilkinson et al, 1987). Em relação
ação consumo de álcool foi utilizado também um questionário auto aplicável,
adaptado de Sanchez-Craig e col. (1989), para caracterizar o padrão de uso nos
últimos 90 dias.
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